Orquestra do Algarve passa a Clássica do Sul com Cesário Costa na direcção

Depois da Metropolitana Cesário Costa vai dirigir a orquestra.

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Cesário Costa em 2007 Paulo Pimenta

A Orquestra do Algarve, criada há 11 anos, irá denominar-se, a partir de Setembro, Orquestra Clássica do Sul, e terá como maestro titular e director artístico Cesário Costa, foi anunciado na quinta-feira.

A Orquestra do Algarve, criada há 11 anos, irá denominar-se, a partir de Setembro, Orquestra Clássica do Sul, e terá como maestro titular e director artístico Cesário Costa, foi anunciado na quinta-feira.

Em declarações à Lusa, Cesário Costa afirmou que “a mudança de nome deriva de uma grande vontade em alargar a amplitude geográfica a todo o Sul do Tejo, tendo ainda em conta a grande solicitação da orquestra na Andaluzia [Sul de Espanha]”.

Cesário Costa afirmou que “esta transformação em Orquestra Clássica do Sul revela a vontade de encontrar novas parcerias, alargando o leque de autarquias, de contar com outras instituições, e a possibilidade de se apresentar noutros palcos”, sem estar restringida ao Algarve. “Há, por exemplo, uma vontade expressa de muitas autarquias alentejanas”, adiantou o maestro que referiu que o Alentejo e a península de Setúbal são dois territórios onde não há uma orquestra.

A Orquestra Clássica do Sul terá sede em Faro, que já é a sede da Orquestra do Algarve, e terá “como finalidade principal a promoção e a divulgação da música erudita, junto de diferentes públicos, num espaço de actuação agora mais amplo e diversificado”, rematou o maestro. Actualmente com 27 elementos, a Orquestra Clássica do Sul, a partir de Setembro irá contar com 31 músicos, a formação inicial da Orquestra do Algarve. A Orquestra do Algarve, que se estreou no Festival Internacional de Música do Algarve em 2002, foi criada ao abrigo de um programa promovido pelo então Ministério da Cultura e tem como fundadores, além do Turismo do Algarve e da Universidade do Algarve, várias autarquias algarvias.

Linhas estratégicas em Setembro
Além de Cesário Costa, a nova orquestra conta “vir a trabalhar com outros maestros e com solistas como forma fundamental para qualquer orquestra crescer”. Questionado pela Lusa sobre qual o tipo de repertório que a nova orquestra irá privilegiar, o maestro afirmou “que é ainda prematuro adiantar qualquer ideia”. “As linhas estratégicas e programação serão apresentadas em Setembro”, disse. Cesário Costa sublinhou que, no contexto que vivemos, “a transformação da Orquestra do Algarve em Orquestra Clássica do Sul, mostra que há uma vontade clara de encontrar novas soluções e novos espaços de actuação para podermos alargar o âmbito da actividade, e sempre com a mesma preocupação que é chegarmos a um público mais vasto”.

Cesário Costa, 42 anos, foi director artístico da Orquestra Metropolitana de Lisboa até Junho, presidindo igualmente à Associação Música, Educação e Cultura, de que faz parte a Metropolitana entre outras orquestras juvenis. O maestro foi substituído em ambas as funções pelo gestor cultural António Mega Ferreira e pelo maestro e compositor Pedro Amaral.

Como maestro convidado, Cesário Costa já dirigiu em Espanha, França, Andorra, Alemanha, Escócia, Bélgica, Reino Unido, Itália, Dinamarca, Macedónia, Polónia, Rússia, Malásia, México e Brasil. Com a Metropolitana, realizou digressões a Cabo Verde e à China. Dirigiu também outras orquestras nacionais, designadamente a Sinfónica, a Gulbenkian e a da Casa da Música, além do Remix Ensemble e da Orquestra do Algarve.

Cesário Costa exerce também funções de director artístico dos Concertos Promenade do Coliseu do Porto e é maestro titular da OrchestrUtopica.
 
 
 

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