As equipas de resgate passaram toda a madrugada a procurar sobreviventes sob os escombros na estação de Bretigny-sur-Orge, onde,na sexta-feiraa à tarde, um comboio que vinha de Paris descarrilou. Seis pessoas morreram e 30 ficaram feridas.

No início da manhã, o ministro dos transportes francês, Frédéric Cuvillier, descartou a possibilidade de falha humana no acidente da estação de Brétigny-sur-Orge. Segundo o ministro, citado pela agência France Press, "o maquinista teve reflexos muito rápidos, accionou o alerta imediatamente e evitou em segundos a colisão com outro comboio que vinha em direcção contrária".

Segundo o jornal francês Le Figaro, o acidente acontece três dias depois do Governo ter anunciado projectos de investimento para a renovação da infra-estrutura ferroviária no país. O acidente é considerado o mais grave desde 2008 quando sete pessoas morreram e trinta e uma ficaram feridas no choque entre um comboio e um autocarro em Mésinges.  

O ministro dos transportes voltou a insistir, na manhã de sábado, na necessidade de modernizar as linhas ferroviárias "classicas" francesas.

O descarrilamento aconteceu na tarde de sexta-feira na estação de Bretigny-sur-Orge, a pouco mais de 20Km de Paris. Mais de 300 passageiros viajavam no comboio. "O comboio entrou na estação a grande velocidade. Dividiu-se em duas partes devido a razões que ainda se desconhecem. Uma parte continuou a andar e a outra tombou para um lado", disse uma fonte da polícia à AFP, na sexta-feira.

As investigações já começaram. O ministro dos Transportes francês, Frédéric Cuvillier,comunicou já na sexta-feira à noite que o descarrilamento do comboio terá sido motivado por um problema nas agulhas de mudança de linha, a 200 metros da estação.

As autoridades acreditam que o número de mortos pode aumentar porque há pelo menos oito passageiros com ferimentos graves. Todos estão internados em hospitais locais.

As autoridades portuguesas não têm, até ao momento, informação de que haja algum português entre as vítimas do acidente ferroviário em França, disse à agência Lusa o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário.