Descarrilamento de comboio nos arredores de Paris fez seis mortos

Comboio entrou na estação de Bretigny-sur-Orge a grande velocidade e partiu-se ao meio. Hollande esteve no local.

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O acidente ocorreu em Essonne KENZO TRIBOUILLARD/AFP
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O comboio Intercidades que seguia na tarde desta sexta-feira de Paris para Limoges descarrilou nos arredores da capital francesa. De acordo com fontes da autoridade regional de Essonne, há "várias vítimas" e o Governo já confirmou que há seis mortos. O Presidente François Hollande esteve no local do desastre.

O ministro dos Transportes comunicou já na sexta-feira à noite que a causa do descarrilamento do comboio terá sido motivado por um problema nas agulhas de mudança de linha, a 200 metros da gare.

"Accionámos o Plano Vermelho, que significa 'várias vítimas'", começou por ser escrito no site do Ministério do Interior francês.

O ministro do interior francês, Manuel Valls, afirmou que pelo menos seis pessoas morreram e que foram já contabilizados 60 feridos. Número que foi confirmado mais tarde.

Segundo o jornal Le Parisien, várias pessoas ficaram presas nos destroços do comboio.

"O comboio entrou na estação a grande velocidade. Dividiu-se em duas partes devido a razões que ainda se desconhecem. Uma parte continuou a andar e a outra tombou para um lado", disse uma fonte da polícia à AFP.

Testemunhas do acidente ferroviário descrevem momentos de pânico vividos a seguir ao descarrilamento, cujas causas ainda não são conhecidas.

O diário Le Parisien registou os testemunhos de diversos passageiros, que descreveram o acidente.
Registaram-se "enormes pancadas, durante dez ou quinze segundos”, referiu Laurent, um passageiro, em declarações à BFMTV. Após o acidente “havia fumo um pouco por todo o lado. As malas caíram, e de seguida mandaram-nos sair”, referiu.

El Mehdi Bazgua, 19 anos, estava a caminho de casa dos pais, em Essonne, e da janela do comboio onde viajava assistiu ao desastre na estação de Brétigny-sur-Orge.

“Ouvi um enorme ruído. Foi tudo coberto por uma nuvem de poeira. Vi pedras e fios por terra. Depois a poeira dissipou-se, pensei que era um comboio de mercadorias. Vimos os primeiros feridos. Após um momento de pânico, todas as pessoas desceram do comboio. Vi um homem consciente mas com a cabeça aberta. Muitos sofreram golpes. Muitos passageiros ficaram presos nos destroços. Vou ficar chocado para sempre. Alguns filmavam a cena. Um dos feridos irritou-se. Fomos retirados pela polícia”, indicou.

Contactado pela agência Lusa, o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, explicou que já foi informado sobre o acidente e que até ao momento “não há qualquer informação” de que um cidadão português tenha sido afectado pelo acidente.

“Neste momento não temos nota de qualquer português que tenha sido atingido pelo acidente”, afirmou o governante, ressalvando, contudo, ser ainda muito cedo para dizer com certeza.

José Cesário disse ainda que Lisboa “está em contacto com as autoridades francesas através do Consulado Geral de Portugal em Paris”.
 
 

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