"Sinto-me a trabalhar", diz Miguel Macedo

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Macedo não comentou crise política Foto: Daniel Rocha

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, afirmou nesta quinta-feira que se sente a trabalhar quando confrontado pelos jornalistas sobre se sentia ferida a sua legitimidade enquanto governante após as declarações de Cavaco Silva.

“Sinto-me a trabalhar”, afirmou o governante, que se escusou a comentar a proposta de um compromisso de salvação nacional feito pelo Presidente da República.

"Amanhã [sexta-feira] será do debate do estado da Nação, portanto vamos ter que aguardar por amanhã de manhã. Qualquer posição será expressa pelo primeiro-ministro ", disse Miguel Macedo.

Miguel Macedo falava à margem de uma deslocação feita ao posto de comando de operações da Autoridade Nacional de Protecção Civil, que controla o incêndio que lavra em junto a Carviçais, no concelho de Torre de Moncorvo.

O Presidente da República propôs na quarta-feira, numa comunicação ao país, um "compromisso de salvação nacional" entre PSD, PS e CDS que permita cumprir o programa de ajuda externa e que esse acordo preveja eleições antecipadas a partir de Junho de 2014.

Cavaco Silva - que hoje já se reuniu com os líderes do PS, António José Seguro, e do CDS-PP, Paulo Portas, e se encontra reunido com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho - notou ainda que o actual Governo está em "plenitude de funções" considerando “extremamente negativo para o interesse nacional" a realização imediata de eleições legislativas antecipadas.

A declaração do Chefe de Estado surgiu depois de ter ouvido todos os partidos com representação parlamentar e os parceiros sociais e na sequência do pedido de demissão apresentado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, no dia 2 de Julho.

 

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