Plataforma de Cidadania quer taxar dormidas em Lisboa para pagar medicamentos a idosos

Candidato Nuno Correia da Silva acredita que uma taxa de 0,50 euros por noite vai gerar receitas de "mais de um milhão de euros" por mês.

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António Costa apresenta nesta segunda-feira o orçamento municipal para o próximo ano Pedro Cunha/Arquivo

O candidato da Plataforma de Cidadania à presidência da Câmara de Lisboa, Nuno Correia da Silva, propõe a aplicação de uma taxa de dormidas na capital de 0,50 euros por noite, para criar um fundo que permita apoiar os idosos no acesso aos medicamentos.

“Propomos criar um banco do medicamento, um banco que garantirá a todas as pessoas de idade, que infelizmente hoje o orçamento familiar não permite comprar os medicamentos que precisam para viver, compensar [essa falha]”, disse à Lusa Nuno Correia da Silva, na apresentação da sua candidatura, que decorreu na terça-feira em Lisboa.

O candidato vai concorrer às próximas eleições autárquicas, marcadas para 29 de Setembro, pela Plataforma de Cidadania, uma coligação formada pelos partidos Popular Monárquico (PPM), Nova Democracia (PND) e Portugal Pró-Vida (PPV).

Além do “Banco do Medicamento”, que seria financiado em “mais de um milhão de euros” por mês através da taxa de dormidas, Correia da Silva propõe também a criação de um gabinete para a renegociação de dívidas elevadas, que ajude as famílias a baixar os juros dos créditos “em mais de 60%”.

Outra medida passa por “devolver o rio à cidade de Lisboa”, lê-se num comunicado da plataforma. Correia da Silva entende que a Administração do Porto de Lisboa é “um problema com a sua burocracia poluente” e cria “obstáculos” ao turismo e ao emprego jovem.

Entre as outras propostas está a criação de “um pólo com as melhores universidades do mundo” e a utilização exclusiva de energia renovável na frota municipal.

Nuno Correia da Silva tem 46 anos e foi deputado na Assembleia da República pelo CDS-PP, eleito pelo círculo de Lisboa, entre 1995 e 1999. Nesse período concorreu à presidência da Câmara de Alenquer, nas autárquicas de 1997, mas acabou por perder para Álvaro Gomes Pedro, do PS.

Entra agora na corrida a Lisboa contra António Costa (PS), Fernando Seara (PSD/CDS-PP), João Ferreira (CDU), João Semedo (BE) e Joana Miranda (PCTP/MRPP).

“Nós concorremos para ganhar. Sabemos que o caminho é longo, sabemos que outros vão bem à nossa frente, quer em meios, quer em votos. Mas acreditamos que não há votos contados nestas eleições, acreditamos que vamos ser uma surpresa, porque cada vez mais sentimos que as pessoas querem alternativa aos partidos tradicionais, que já não trazem novidade”, afirmou Nuno Correia da Silva, citado pela Lusa.

A Plataforma de Cidadania candidata a actual deputada municipal do PPM, Aline Hall, à presidência da Assembleia Municipal de Lisboa e o mandatário de campanha, Gonçalo da Câmara Pereira, à presidência da Junta de Freguesia de Belém. O movimento apresentará candidatos às novas 24 freguesias da capital.
 

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