Presidente do Eurogrupo satisfeito com acordo político em Portugal

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Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, pediu ao FMI para esperar pela conclusão da avaliação ao plano de resgate grego Enric Vives-Rubio

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, mostrou-se esta segunda-feira, em Bruxelas, “muito satisfeito” com o acordo para assegurar a continuidade a coligação governamental PSD-CDS em Portugal e afirmou ser “crucial” a existência de estabilidade política.

“Estou muito satisfeito que a coligação [governamental] portuguesa esteja novamente pronta para continuar o seu trabalho”, afirmou Jeroen Dijsselbloem, em declarações aos jornalistas, à entrada para a reunião de ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo), na capital belga.

O presidente do fórum dos ministros das Finanças defendeu que “a estabilidade política é crucial para manter os países [sob programa de ajustamento financeiro] no caminho certo e a trabalhar nos programas”, sublinhando que “qualquer instabilidade política será relacionada com a possibilidade de adiamento das decisões”.

O líder do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou, no sábado, um entendimento político com o CDS-PP liderado por Paulo Portas, proposto para vice-primeiro-ministro com a responsabilidade da coordenação económica, reforma do Estado e ligação à ‘troika’, que, assim, se mantém no executivo.

Portugal estará representado na reunião de hoje do Eurogrupo pela nova ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.

No encontro, com início agendado para as 15:00 locais (14:00 de Lisboa), Maria Luís Albuquerque - cuja nomeação motivou o pedido de demissão de Paulo Portas de ministro dos Negócios Estrangeiros, mas que foi uma escolha elogiada a nível europeu - deverá colocar os seus homólogos a par a situação portuguesa, naquela que será a sua “estreia” nos “palcos” europeus como titular da pasta das Finanças.

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