Manuel Clemente enaltece capacidade de resistência das populações do Norte

O novo patriarca de Lisboa deu a primeira missa após a tomada de posse no Mosteiro dos Jerónimos e pediu para o país olhar para exemplo das populações do Norte de Portugal.

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Manuel Clemente prefere coligação entre PSD-CDS e o PS Adriano Miranda

O novo patriarca de Lisboa exortou neste domingo os portugueses a inspirarem-se na capacidade de resistência da população do Norte do país, durante a primeira missa após ter tomado posse, naquela que foi a sua apresentação à diocese.

Perante uma plateia, no Mosteiro dos Jerónimos, na qual pontificaram personalidades como o Presidente da República, Cavaco Silva, a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e ministros como Paulo Portas, Pedro Mota Soares e Barreto Xavier, Manuel Clemente evocou o exemplo do povo e das instituições nortenhas.

O “Norte (...) bem nos pode inspirar a todos, pela capacidade de resistir, recomeçar e inovar”, sublinhou na homilia, sustentando que esta é uma capacidade que esta “população reiteradamente demonstra, em muitos dos seus intervenientes sociais, económicos e culturais”.<_o3a_p>

A assistir à cerimónia estavam, entre outros, a presidente da fundação de direitos humanos Pro Dignitate, Maria Barroso, o presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d´Oliveira Martins, e o duque de Bragança, D. Duarte Pio.<_o3a_p>

O Presidente da República, o primeiro-ministro e o novo patriarca de Lisboa foram recebidos no interior dos Jerónimos com uma salva de palmas.<_o3a_p>

Na homilia, intitulada “Reedificar na paz a cidade de todos”, Manuel Clemente aproveitou para recordar a experiência e os testemunhos recolhidos enquanto bispo do Porto, lugar que deixou vago após ter sido nomeado patriarca de Lisboa pelo Papa Francisco, a 18 de Maio.<_o3a_p>

“Foram muitos os testemunhos (...) de dedicação” também “em centenas de instituições sociocaritativas (...) com generosidade reforçada pelas actuais dificuldades da sociedade portuguesa e especialmente nortenha”, frisou.<_o3a_p>

O patriarca defendeu ainda que, “como tudo na Igreja de Cristo, só em comunhão se serve a comunhão: assim foi no Porto, como assim será em Lisboa”.<_o3a_p>

No momento de “retomar na Igreja de Lisboa o que nela” começou “a viver há seis décadas e meia”, o patriarca recordou o seu antecessor, e agora patriarca emérito, José Policarpo.<_o3a_p>

“Reafirmo a muita gratidão pela amizade com que sempre me acompanhou, bem como pela lucidez e generosidade do seu serviço eclesial, dentro e além do patriarcado”, referiu.<_o3a_p>

No sábado, aos 64 anos, Manuel Clemente foi empossado patriarca de Lisboa na sé da capital, apresentando-se como servidor da diocese, num templo praticamente cheio e diante do cabido da sé, os cónegos coadjuvantes.

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