Carlos César propõe governo de salvação nacional de base democrática

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O líder do grupo parlamentar falou esta tarde em Ponta Delgada Pedro Cunha

Situação é “absolutamente dramática e não dispensa um acordo de regime”, defende o ex-presidente do governo regional do Açores.

“Com ou sem maioria absoluta é indispensável um acordo entre os principais partidos políticos. A situação portuguesa é absolutamente dramática e não dispensa um acordo de regime e um Governo de salvação nacional, mas um Governo de salvação nacional de base democrática, com legitimidade partidária, e não de base tecnocrática e excluído do sentimento dos portugueses”, declarou o ex-presidente do governo regional dos Açores.

A realização de eleições “permitiria um Governo de salvação nacional, mas com legitimidade democrática, partidária e social refrescada”, justificou César. Isso é fundamental para os próximos quatro anos, que incluiu este período extraordinariamente difícil do segundo semestre de 2014 e 2015, de modo a que um governo forte e credível possa, com sucesso, terminar esta fase final do programa da troika e negociar os nossos compromissos futuros que nos termos atuais não poderemos satisfazer”.

Questionado pelos jornalistas acerca do papel de Cavaco Silva, o político açoriano considera que o “o Presidente da República devia ser a primeira pessoa a tomar consciência de que é preciso um governo forte e refrescado na sua legitimidade para os próximos quatro anos e não substituir um governo de instabilidade por um governo mais precário ou mais instável ainda. Qualquer reedição desta coligação, com as suas referências partidárias e com as suas referências de suspeita de falta de legitimidade eleitoral, não pode resultar num governo forte e capaz”.

Na opinião do antigo chefe do governo dos Açores “o PS tem, até por demérito dos seus adversários, todas as condições para recolher a preferência dos portugueses e de ser chamado à liderança deste novo período”. No entanto, frisa, “não basta o PS”, pois “estamos numa situação tão grave que é preciso mais que o PS”.

Notícia substituída às 22h03. Trocada notícia da Lusa por notícia do PÚBLICO

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