Tribunal põe fim a disputa sobre os restos mortais dos filhos de Mandela

A mulher e os filhos do antigo Presidente da África do Sul processaram o seu neto, para cumprir os desejos de Nelson Mandela de ser sepultado junto dos filhos

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Makaziwe Mandela, a filha mais velha de Nelson Mandela, com dois dos netos do ex-Presidente Siegfried Modola/Reuters

Um tribunal confirmou esta quarta-feira a sentença que obriga o neto do antigo Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, a trasladar os corpos de três dos seus familiares, enterrados na aldeia de Mvezo, para um jazigo de família no cemitério de Qunu, a aldeia ancestral do clã de "Madiba".

A ordem judicial, que deverá ser cumprida imediatamente, coloca um ponto final na disputa entre os vários membros da família pela “posse” dos restos mortais de três filhos de Nelson Mandela: Mandla Mandela, o neto que o ex-Presidente designou como o chefe de Mvezo, decidiu transferir os corpos do seu pai, e da sua tia e tio, que estavam enterrados em Qunu, para o cemitério local.

Com o histórico líder da luta anti-apartheid internado em estado considerado muito grave num hospital de Pretória, os diferendos familiares dos Mandelas assumiram foro de notícia de primeira página – principalmente depois de se saber que o desejo do antigo Presidente é ser sepultado junto dos seus filhos já falecidos.

Na semana passada, Makaziwe Mandela, a filha mais velha de Nelson Mandela, e a mulher deste, Graça Machel, entraram com um processo de recurso urgente contra Mandla, acusado de ter exumado os corpos do cemitério de Qunu de forma ilegal. A justiça deu razão aos requerentes e ordenou nova trasladação, que os advogados de Mandla contestaram.

“A ordem precedente é válida”, determinou esta quarta-feira o juiz Lusindiso Phakade, do tribunal de Mthatha, acrescentando que o processo de trasladação deve ser executado imediatamente.
 

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