Anacoreta Correia reclama congresso e diz que Portas à frente do CDS prejudica o país

Demissão é "totalmente irresponsável”, acusa conselheiro nacional dos centristas.

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Filipe Anacoreta Correia é um dos críticos de Paulo Portas Daniel Rocha

Filipe Anacoreta Correia, subscritor de uma moção de estratégia global ao congresso do CDS do próximo fim-de-semana e potencial candidato à liderança do partido, criticou nesta quarta-feira ferozmente a decisão de Paulo Portas de abandonar o Governo, considerando-a “precipitada, incoerente e totalmente irresponsável”.

“É altura de segurar o partido e não permitir que ele caia com o seu líder, por isso entendo que é da maior relevância a realização do próximo congresso e o CDS deve partir para ele com muita confiança e com a certeza de que o partido terá soluções para apresentar e para pacificar o país”, defende Filipe Anacoreta Correia, o rosto do Movimento Alternativa e Responsabilidade, a ala crítica da direcção do partido

Para este conselheiro nacional, “não faz sentido” adiar o congresso porque isso “seria prolongar a incerteza e a indefinição política e neste momento isso é crucial para o país”. “O congresso está convocado e entendo que há condições para sua realização e o partido tem de mostrar que é rápido a afirmar estas soluções”, diz Filipe Ancoreta Correia, reconhecendo que, nestas circunstâncias, o adiamento seria a “primeira tentação fácil”, mas isso não pode acontecer, “porque isso seria prolongar a incerteza e a indefinição política neste momento crucial para o país”.

Ao PÚBLICO, Anacoreta Correia diz ainda que o “partido tem de ser rápido, porque o país não pode estar suspenso, não pode aguardar por indefinições”. E remata: “É preciso dar a voz ao partido. É tempo de olhar para o futuro”, porque a “conduta de Paulo Portas à frente do partido prejudica o país”.
 

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