Menezes não revela informações sobre patrocinadores do Rali de Portugal

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Menezes não responde a Rio Foto: Nelson Garrido

A candidatura social-democrata à Câmara do Porto não vai revelar à autarquia as informações solicitadas sobre os patrocinadores conseguidos para o Rali de Portugal porque “se trata de compromisso de campanha” e o presidente Rui Rio “não é candidato”.

A informação foi dada esta segunda-feira à Lusa por Couto dos Santos, porta-voz da candidatura de Luís Filipe Menezes, que alertou ainda que a campanha eleitoral é “entre candidatos, não entre empresas e empresários”. “Não tem que responder. É um compromisso de campanha. Então agora tem de prestar contas de todos os compromissos ao presidente da Câmara do Porto? Ele não é candidato. Ou quer meter-se na campanha?”, perguntou Couto dos Santos.

A candidatura do PSD adiantou na sexta-feira ter garantido financiamento privado para o Rali de Portugal e no sábado a Câmara do Porto disse que ia “solicitar” a Menezes “informações sobre os patrocinadores e montantes” para o Rali de Portugal, para “muito rapidamente assinar o compromisso com o Automóvel Clube de Portugal (ACP)”.

“Se forem apresentados os patrocinadores na próxima hora, então assino já amanhã", disse no domingo o presidente da autarquia, Rui Rio, na conferência de imprensa de balanço do Circuito da Boavista.
Couto dos Santos justifica que “Menezes não terá de dar resposta a Rio, uma vez que [a garantia de financiamento] foi um compromisso político de campanha eleitoral e Rio não está envolvido em campanha”.

“Rui Rio analisa em consciência o que quer fazer. Não pode é argumentar que, por ser um compromisso por mais de um ano, não o pode fazer, porque já assumiu compromissos para mais de um ano sem perguntar nada a ninguém”, alertou o porta-voz da candidatura social-democrata. Para a candidatura de Menezes, Rio tem “de decidir enquanto presidente da Câmara do Porto”, pensando em “trazer para o Norte um evento de máxima importância para a promoção da região que é uma velha aspiração das gentes do Norte e que todas as câmaras envolvidas já assinaram”.

O porta-voz assegura também ser “evidente” que Menezes “assume a responsabilidade” do compromisso do financiamento privado do evento se o povo do Porto lhe der “os votos para ser presidente” da autarquia. “Não tem nada de sigilo. É um compromisso político, é um diálogo, não faz sentido envolver numa campanha privados que dizem que querem apoiar o rali. A campanha é entre candidatos, não é entre empresas e empresários”, sustenta Couto dos Santos.

A candidatura de Menezes critica ainda a posição dos candidatos independente e do PS à Câmara do Porto, Rui Moreira e Manuel Pizarro, respectivamente, devido a uma “estranha aliança” para “criar obstáculos a que o rali venha para o Norte”. Isto porque, explica, Moreira e Pizarro “não aderiram abertamente à realização do rali no Norte, fazendo pressão sobre o presidente da câmara para que ele assinasse o documento”.

Na sexta-feira, Rui Moreira e Manuel Pizarro defenderam que as garantias de financiamento ao Rali de Portugal do candidato social-democrata eliminam o “obstáculo” que faltava para a autarquia dar luz verde ao evento, bastando para isso que Menezes revelasse quem são os patrocinadores do evento.
 

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