Pais exigem anulação de exames se algum aluno não puder fazer provas

Exame de Português do 12.º ano realiza-se na segunda-feira, em dia de greve dos professores.

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Exame de Português, em 2012 Rui Gaudêncio

O presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais, Jorge Ascenção, defendeu nesta quinta-feira, em declarações ao PÚBLICO, que caso uma parte dos alunos não faça o exame nacional de Português na próxima segunda-feira, devido à greve dos professores, as provas daqueles que as fizerem deverão ser anuladas.

"Não sei qual será a solução que o Governo vai adoptar, mas esta é a única que garante a equidade", sustentou.

Apesar de o Ministério da Educação e Ciência ter indicado aos directores escolares que deverão convocar para a vigilância de exames todos os professores da respectiva escola ou agrupamento (centenas, nalguns casos) Jorge Ascenção considera que nada está garantido. "Saber quantos alunos teriam condições para fazer exame no dia 17 era jogar no totoloto e, com esta convocatória, o MEC limitou-se a preencher mais algumas colunas, aumentando a chance de ganhar, apenas isso", frisou.

Na sua opinião, o adiamento da prova para apenas parte dos alunos ou a abertura da possibilidade de a fazerem na segunda fase não são soluções. "O facto de se tratar de uma prova diferente realizada num dia diferente coloca em causa a equidade, num momento decisivo para o futuro dos alunos", considera Jorge Ascenção.

Esta declaração surge no dia em que o ministro Nuno Crato anunciou que vai reunir-se nesta sexta-feira com os sindicatos e em que a Fenprof prolongou por mais uma semana o pré-aviso de greve às avaliações.

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