Ministro da Educação reúne-se sexta-feira com os sindicatos

Nuno Crato mostra abertura para o diálogo.

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Nuno Crato Nuno Ferreira Santos

O ministro da Educação, Nuno Crato, anunciou nesta quinta-feira que se vai realizar na sexta-feira, no Ministério, uma reunião com os sindicatos dos professores, manifestando disponibilidade para o diálogo.

"Amanhã [sexta-feira], vamos pedir aos sindicatos para se reunirem connosco no Ministério", disse Nuno Crato, durante uma entrevista à RTP.

O Ministério da Educação já recebeu de dois sindicatos de professores pedidos para negociações suplementares, tendo a Federação Nacional de Professores (Fenprof) também já anunciado que vai fazer o mesmo pedido na sexta-feira.

“Interpretamos este pedido como uma abertura ao diálogo e vamos discutir este problema que se está a passar em relação aos exames”, afirmou o ministro.

No entanto, Nuno Crato adiantou que “há questões que tem a ver com a função pública na sua generalidade", sobre as quais nem sequer o terreno de discussão é o Ministério da Educação”.

“São questões no âmbito da reforma da administração pública. Não havia razão nenhuma para os professores não estarem englobados nessa reforma”, sustentou, sublinhando que os docentes “têm especificidades no trabalho”.

Nesse sentido, garantiu que a componente lectiva do horário de trabalho dos professores “não vai ser aumentada”.

Os sindicatos dos professores marcaram greve às avaliações para segunda-feira, quando se realiza o exame de Português do 12.º ano, com o objectivo de contestar a aplicação do regime de mobilidade especial aos docentes por temerem o despedimento e o aumento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais.

O ministro garantiu também que “os alunos vão fazer o exame na data prevista” e que não vão ser prejudicados, acrescentando que a data do exame não pode ser alterada, uma vez que “o calendário é muito estreito e está preenchido”.

Sobre a greve às avaliações, que começou nesta semana, Nuno Crato afirmou que também “é altamente prejudicial para os alunos”.

“Faremos o que for necessário, as avaliações têm que ser feitas”, disse ainda.

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