David Cameron exige que Google tire pornografia infantil da Internet

Muitas vidas já se perderam por culpa de videos "abjectos", lembra o primeiro-ministro britânico.

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AFP

David Cameron condena os motores de busca, nomeadamente o Google, por disponibilizarem imagens de pornografia com menores e exige que essas desapareçam. Afinal, já muitas vidas se perderam por culpa desses vídeos "abjectos". Nos últimos tempos, duas meninas britânicas foram mortas e os seus assassinos recorreram a esse tipo de imagens.

"As empresas de Internet e motores de busca ganham a vida a organizar a web. Assim, apelo a que usem as suas capacidades técnicas extraordinárias para se desembaraçarem dessas imagens abjectas", declarou, nest domingo, o responsável do Governo britânico.

A secretária de Estado da Cultura Maria Miller, apelou igualmente para o reforço da segurança na Internet e convocou os representantes das maiores empresas, como o Google e o Facebook, para uma reunião no próximo dia 17 para estudar as medidas que devem ser tomadas para regular os seus conteúdos.

O Reino Unido foi recentemente abalado por dois crimes de natureza sexual que envolveram crianças. April Jones, de 5 anos e Tias Sharp de 12, foram mortas por dois homens diferentes mas que em comum tinham o facto de verem, na Internet, pornografia infantil e imagens de crianças a serem abusadas sexualmente.

"O tempo das desculpas e da censura terminou. Temos de lutar juntos. É a segurança das nossas crianças que está em jogo", disse Cameron.

O Google assegura que está a tomar todas as medidas para retirar dos seus resultados de buscas, feitas pelos utilizadores, de material ilegal e imagens mais chocantes. "No Google a nossa política é de tolerância zero no que diz respeito a pornografia infantil e imagens de sevícias sexuais infligidas a crianças", pode ler-se na página da empresa. O texto continua, dizendo que toda a publicidade com imagens de sevícias sexuais impostas a crianças é proibida; assim como quando a empresa descobre esse género de imagens retira-as e denuncia-as às entidades competentes.

 

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