Viatura particular do presidente da Câmara do Funchal vandalizada

Miguel Albuquerque reage: "Se é para intimidar, é tempo perdido".

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Miguel Albuquerque e Alberto João Jardim antes de o primeiro concorrer contra o segundo

A viatura particular de Miguel Albuquerque, presidente da Câmara Municipal do Funchal, apareceu vandalizada na manhã desta segunda-feira.

Os vidros da viatura foram partidos com picareta ou ferramenta similar mas do interior do automóvel, que estava no parque de estacionamento do prédio onde reside o autarca, não foram retirados quaisquer bens. “Como não levaram nada do que estava no carro, tudo leva a crer que se trata de um acto de vandalismo com a intenção de intimidar", admitiu o autarca que comunicou o caso às autoridades policiais para investigação.

"Se é para intimidar é tempo perdido", declara ao PÚBLICO o autarca que esta segunda-feira participou, no centro de congressos da Fundação Social Democrata da Madeira, num debate sobre o futuro do partido, com outros potenciais candidatos à sucessão de Alberto João Jardim.

Miguel Albuquerque foi o primeiro dirigente social-democrata, em 36 anos, a disputar eleições internas no PSD madeirense contra o único líder que foi reeleito a 2 de Novembro de 2012 com 51% da votação contra 49. Na sequência deste resultado, o autarca tem sido publicamente criticado por Jardim que, numa medida considerada de retaliação a Albuquerque, “regionalizou” estradas do município do Funchal, usurpando competências e bens reclamados pela autarquia em tribunal.

Em Março de 2012 foram também registadas vários actos de violência e de vandalismo contra viaturas e bens de dirigentes do Partido da Nova Democracia na Madeira, incluindo o vereador da câmara funchalense, Gil Canha. Na altura, o líder regional daquela força política representada no Parlamento madeirense, Baltazar Aguiar, manifestou o receio que, “se o Ministério da Administração Interna e as forças policiais não actuarem oportuna e convenientemente, a Madeira volte a viver tempos de terror como na altura do PREC”, período em que mais de 70 viaturas de personalidades críticas do poder regional foram destruídas por atentados bombistas, cuja autoria foi então atribuída ao movimento separatista FLAMA.
 

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