Portas pede aos professores que não façam greve aos exames

Ministro e líder do CDS elogia UGT e destaca importância da negociação.

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Alunos de escolas do Minho sabiam qual era o excerto de Os Lusíadas utilizado no exame de Português Rui Gaudêncio

Paulo Portas pediu no sábado à noite aos professores que não façam coincidir a greve com as datas dos exames. E disse dar “a maior importância” à negociação social e à UGT enquanto parceiro social.

Salvaguardando a legitimidade da greve como direito constitucional, o líder do CDS deixou “um apelo aos professores”, ao falar na apresentação do candidato do partido à Câmara de Vale de Cambra, José Pinheiro, que elegeu a Educação como uma das suas prioridades.

“O apelo que faço muita gente compreende: se as greves forem marcadas para os dias dos exames, prejudicam o esforço dos alunos, inquieta as famílias e também não é bom para os professores, que durante todo o ano escolar deram o melhor, para que aqueles alunos pudessem ultrapassar os exames”, insistiu.

Portas enalteceu o papel dos ministros do CDS no Governo e manifestou-se empenhado na paz social, para que Portugal possa ultrapassar a crise, realçando a imagem positiva que o país deu ao fazer a reforma das leis laborais com acordo social.

“Sou absolutamente favorável a que as dificuldades que estão a penalizar muitas famílias sejam ultrapassadas com negociação social e dou a maior importância a que, sobretudo em tempos de crise, empregadores, trabalhadores e instituições do Estado se empenhem no acordo e não no conflito. É uma linha que tenho defendido desde o início”, disse depois aos jornalistas.

Questionado se estava a referir-se à UGT, Paulo Portas considerou aquela central sindical “muito importante” em Portugal.

“A UGT tem uma tradição de saber sentar-se à mesa e de procurar resultados para os seus associados. Quando se faz uma negociação, uma parte e a outra têm de fazer cedências para se obter um resultado que seja melhor para todos. E continuo a acreditar que a UGT é muito importante”, disse.

No elogio aos ministros do seu partido, enalteceu Anunciação Cristas: “Lembro-me da era Jaime Silva em que os fundos europeus não eram usados na agricultura. Hoje Portugal tem uma taxa superior à média comunitária de aplicação dos fundos comunitários na agricultura e é extraordinário que tanto jovem esteja a voltar ao campo como empresário agrícola, quando durante tantos anos alguns tecnocratas diziam que a agricultura era uma coisa do passado”.

De Mota Soares disse que “tem sabido ser ministro da Solidariedade Social a níveis nunca antes conhecidos de parceria com as Misericórdias e as instituições de solidariedade social” e aproveitou para tocar no tema das pensões, para dizer que ninguém pode estranhar a posição tomada em relação à chamada TSU dos pensionistas, pela defesa dos valores em que acredita.

Falou também do seu Ministério, para explicar que deu o “enfoque prioritário à diplomacia económica” e registar o “feito extraordinário das empresas” que foi o aumento das exportações no ano passado.

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