Passos Coelho não fala de greve geral

O primeiro-ministro afirmou esperar que o espírito de concertação social se possa manter, com “uma grande abertura” dos parceiros sociais para a resolução das dificuldades do país.

“Não me cabe estar a fazer prematuramente qualquer observação sobre isso. A minha função como primeiro-ministro é a de trabalhar para que um entendimento tão alargado quanto possível com os parceiros sociais possa ser alcançado nas reformas difíceis que nós estamos a fazer”, afirmou Passos Coelho aos jornalistas, à margem da inauguração de um hotel em Lisboa.

As estruturas sindicais da administração pública afetas à UGT e à CGTP já chegaram a acordo para realizar uma greve conjunta no final de junho afirmaram à Lusa várias fontes sindicais.

“Várias vezes no passado conseguimos fechar acordos de concertação social, um acordo de concertação social que só deixou de fora a CGTP, porque quis ficar de fora, mas houve também acordos setoriais muito importantes que foram fechados”, declarou o primeiro-ministro.

“Isso é importante, quer dizer que sindicatos e Governo fizeram, juntamente com associações empresariais, cedências mútuas para chegar a um resultado que seja melhor para todos. Espero que esse espírito se possa manter”, afirmou.

Passos Coelho disse saber que “é difícil” para os sindicatos e para os trabalhadores, como “não é fácil para o Governo”.

“O país tem suportado custos muito elevados nos últimos dois anos”, afirmou.

“Espero que haja uma grande abertura de entre os parceiros sociais para vir ao encontro da resolução destas dificuldades, como o Governo pretende”, disse.

Depois de várias reuniões com o secretário de Estado da Administração Pública e de vários contactos entre si, a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP), a Federação Sindical da Administração Pública (UGT) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (UGT) conseguiram entender-se para convergir num protesto geral.

As três estruturas sindicais da administração pública deverão anunciar a greve e respetiva data na sexta-feira, dia em que a CGTP também deverá anunciar a realização de uma greve geral.

A data mais provável para a greve será o dia 27 de junho.

 

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