A possibilidade de Portugal beneficiar de uma flexibilização da meta fixada para o défice orçamental em 2014, como pretendido pelo Governo, ainda não está a ser equacionada em Bruxelas. Mesmo assim, fontes europeias não excluem a possibilidade de uma flexibilização geral das metas nos próximos meses, caso a situação económica continue a deteriorar-se.

Fonte da Comissão Europeia afirma que é "prematuro" pensar desde já numa flexibilização da meta de 2014. "Ainda é cedo", afirmou, considerando que quaisquer considerações a esse propósito "neste momento" são "pura especulação", sobretudo quando Portugal acabou de receber um ano suplementar, até 2015, para corrigir o défice para menos de 3% do PIB.

Na quarta-feira, a Comissão Europeia vai formalizar a concessão deste ano suplementar que já ficou assente em Março entre o Governo e a troika de credores internacionais no quadro da sétima avaliação do cumprimento do programa de ajustamento que acompanha a ajuda externa a Portugal. Este ano suplementar é o segundo concedido a Portugal desde Setembro passado.