Rui Moreira quer videovigilância e reforço dos meios policiais no Porto

O candidato independente à Câmara pretende reactivar o modelo que já existiu na ribeira e estendê-lo a outras zonas da cidade.

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Rui Moreira foi eleito como independente em 2013 Rui Farinha

O candidato independente à Câmara do Porto, Rui Moreira, disse nesta quinta-feira que quer reactivar o modelo de videovigilância que já existiu na zona da ribeira, pretendendo replicá-lo noutras zonas da cidade, e defendeu a necessidade de reforço de meios policiais.

Em declarações à agência Lusa, Rui Moreira explicou que “há um sentimento de insegurança na cidade do Porto, que não decorre sequer das estatísticas da criminalidade violenta”, considerando que a “segurança é crucial”.

“Nós fizemos contactos quer com a Polícia de Segurança Pública, quer com a Polícia Municipal e percebemos que os recursos que estão disponíveis neste momento são poucos, nomeadamente os recursos humanos. Estamos a falar na necessidade de reforço dos meios policiais para que eles possam ser mais visíveis”, explicou.

Rui Moreira defendeu ainda a necessidade de implementação de um sistema de videovigilância, explicando que pretende reactivar o modelo que já existiu na ribeira - e entretanto foi suspenso - querendo replicá-lo noutras áreas da cidade, como é o caso da zona da movida do Porto.

“É extraordinário que muitas vezes uma cidade precise de recorrer muitas vezes à videovigilância de estabelecimentos privados para poder identificar quem são as pessoas que têm comportamentos criminosos”, lamentou.

O candidato independente adiantou ainda à agência Lusa que está a ser estudado um sistema de guardas-nocturnos para a cidade, explicando que ainda existe um corpo destes elementos no Porto “mas que está hoje reduzido a menos de dez elementos”.

“O que nós estamos a falar não é em vigilância privada, é exactamente o contrário, ou seja, em encontrar um corpo de pessoas que, certificado e treinado pela polícia, possa desempenhar a função de proximidade”, afirmou.

Rui Moreira recordou que esta era uma tradição do Porto que gostaria de “voltar a incrementar até porque teria impacto não só no sentimento de coesão e de segurança das pessoas mas teria uma vantagem acrescida que é a criação de emprego”, garantindo que este sistema não será imposto se não for bem-vindo por parte dos cidadãos.

O candidato independente à Câmara do Porto explicou ainda que “estas questões vão servir para prevenir o futuro”, considerando ser possível, “através deste meio, garantir a tranquilidade dos cidadãos”.

“O que nós não queremos certamente é que os cidadãos se comecem a organizar em vigilantes - como muitas vezes já hoje sucede - que tenham que recorrer a empresas de segurança privada para fazer, por exemplo, acções até na via pública”, exemplificou.

Reiterando não estar preocupado com o dia de hoje mas sim com aquilo que prevê que vá suceder nos próximos anos, Rui Moreira foi peremptório: “ou nós somos capazes de prevenir essas situações ou então depois vamos ter de recorrer, em caso de emergência, a situações autoritárias que nós queríamos evitar”.

A videovigilância da Ribeira do Porto funcionou em regime experimental entre Novembro de 2009 e Junho de 2010, período em que se registou uma redução da criminalidade na zona na ordem dos 9,8%.

Perante o impasse quanto à alteração da legislação e à despesa de três mil euros mensais, a Associação de Bares da Zona Histórica do Porto resolveu desligar as câmaras.

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