Patrão abusaria de filha de funcionário sob promessa de manter posto de trabalho do pai

Abusos a menina de 13 anos ter-se-ão prolongado por cinco anos. Juiz determinou prisão preventiva do suspeito.

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Buscas estão a decorrer na região de Lisboa e no Algarve, entre outros locais. PÚBLICO

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou nesta quarta-feira ter detido um homem de 54 anos suspeito de abuso sexual de uma menor de 13 anos, abusos esses que se terão prolongado durante cinco anos, ou seja, desde os seus oito anos. O arguido, que se encontra em prisão preventiva, é patrão do pai da vítima, qualidade de que se aproveitaria para conseguir o silêncio da menor.

“O arguido, aproveitando-se da condição de patrão do pai da vítima, conseguiu subjugar e obrigar a menor a práticas sexuais diversas, obtendo o seu silêncio com a promessa de manter o posto de trabalho do seu pai”, lê-se no comunicado do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal da PJ.

A detenção do suspeito, casado, ocorreu na semana passada. Na sexta-feira o juiz de instrução criminal que analisou o caso determinou a prisão preventiva do arguido. O caso começou a ser investigado há cerca de um mês, tendo sido recolhida prova testemunhal e pericial, após ter sido feita uma participação na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens local. Os factos ocorreram num concelho do litoral alentejano, que a polícia não identifica para proteger a identidade da vítima.

Esta quarta-feira, a Directoria do Norte da PJ também anunciou ter detido um homem de 53 anos suspeito de abuso sexual de uma menina de cinco anos, na Maia. “Os abusos, que se vinham prolongando desde há algum tempo, tiveram lugar na residência do detido, familiar próximo da vítima, uma menina de cinco anos de idade, perante quem também assistia a filmes de conteúdo pornográfico”, lê-se num outro comunicado.

O detido, desempregado e sem antecedentes criminais, foi presente à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório, não sendo ainda conhecidas as medidas de coacção aplicadas.

Notícia corrigida às 14h38 e às 9h20 de 23/05: esclarece primeiro parágrafo.
 
 

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