Professora suspeita de maus tratos proibida de dar aulas em escola da Amadora

Docente está indiciada por sete crimes de maus tratos sobre crianças "frágeis, física e psicologicamente”, diz Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.

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Duas das crianças vítimas de maus-tratos têm necessidades educativas especiais Rui Gaudêncio

Uma professora do primeiro ciclo do ensino básico de uma escola pública da Amadora, suspeita de maus tratos a alunos, ficou proibida de dar aulas, informou nesta sexta-feira a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).

Segundo uma nota publicada na página da PGDL, a docente ficou ainda impedida de entrar na escola e de se aproximar a menos de 50 metros do estabelecimento de ensino, tendo ficado também proibida de contactar, por qualquer meio, com os seus alunos e respectivos encarregados de educação.

A professora, que está indiciada pela prática de sete crimes de maus tratos, é suspeita de “infligir castigos corporais e humilhações aos seus alunos, desde 2009 até ao presente, de forma reiterada, com maior incidência sobre as crianças que se apresentam mais frágeis, física e psicologicamente”.

As medidas de coacção aplicadas à professora foram conhecidas nesta sexta-feira, depois de ter sido presente, na quinta-feira, a primeiro interrogatório judicial.

Fonte ligada ao processo adiantou à agência Lusa que os maus tratos alegadamente praticados pela professora, com cerca de 40 anos, se verificaram na Escola Básica do 1.º ciclo Moinhos da Funcheira, concelho da Amadora.

A mesma fonte acrescentou que dois dos alunos têm necessidades educativas especiais e que a docente foi denunciada por alguns dos encarregados de educação, tendo sido igualmente investigada pela Inspeção-Geral da Educação e Ciência.

Foi também apresentada queixa na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, que remeteu o caso para o Ministério Público.

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