Primeiro-ministro italiano quer medidas para "relançar a esperança"

Périplo europeu de Enrico Letta prosseguiu em Bruxelas. Encontro com Barroso serviu para insistir na urgência de medidas de apoio ao crescimento.

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Letta e Barroso, hoje, em Bruxelas GEORGES GOBET/AFP

O novo primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, confirmou nesta quinta-feira a determinação do seu Governo em cumprir as metas de redução do défice orçamental assumidas pelo seu predecessor, mas pediu à União Europeia (UE) medidas urgentes de apoio ao crescimento económico e de combate ao desemprego juvenil.

Enrico Letta, que se encontrou nesta manhã ao pequeno-almoço com o presidente da Comissão Europeia,  Durão Barroso, disse no final do encontro que espera que os líderes da UE emitam na cimeira de Junho "alguns sinais importantes para relançar a esperança" entre os europeus. A sua principal preocupação assenta na luta contra o desemprego juvenil que, disse, constitui o "pesadelo" do seu país.

"Os cidadãos europeus devem ver a Europa como um instrumento de resposta positivo e não como um instrumento negativo", afirmou.

O encontro com Barroso teve lugar depois de uma primeira reunião na terça-feira em Berlim com Angela Merkel, chanceler alemã, a que se seguiram, na quarta-feira, novos encontros com o Presidente francês, François Hollande, em Paris, e depois em Bruxelas com o primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo, e o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

Letta, empossado há pouco mais de uma semana, comprometeu-se igualmente a encontrar novas receitas fiscais para substituir a taxa imobiliária instituída pelo seu predecessor, Mario Monti, e anulada pela nova equipa.

Durão Barroso afirmou por seu lado que a Comissão "confia em que o Governo financiará esta receita de forma credível de modo a reduzir o défice orçamental para menos de 3% do PIB em 2013", tal como previsto para o caso italiano. E disse ainda que a Comissão "não tem dúvidas sobre o forte sentido das responsabilidades" do novo primeiro-ministro.

 
 

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