Pingo Doce nega descontos de 50% em todos os produtos

Campanha no 1.º de Maio no ano passado encheu os 369 supermercados da Jerónimo Martins, mas a empresa diz que a promoção foi “única, excepcional e irrepetível”.

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Desconto de 50% em quase todos os produtos provocou corrida ao Pingo Doce no 1.º de Maio de 2012 DR

Um ano depois de ter surpreendido o país com uma campanha de 50% de desconto em todos os produtos, em compras superiores a 100 euros, a cadeia de supermercados Pingo Doce nega repetir a dose.

“A campanha que o Pingo Doce fez no dia 1 de Maio de 2012 foi única, excepcional e irrepetível nos termos em que ocorreu”, diz um comunicado oficial da empresa. Os boatos de uma promoção, da mesma dimensão, já circulam nas redes sociais e o Diário Económico escreve que está em preparação uma megacampanha. Foi pedido aos funcionários que chegassem mais cedo ao local de trabalho e as chefias já terão sido informadas da nova acção, refere o jornal.

O gabinete de imprensa da Jerónimo Martins não confirma a informação e remete esclarecimentos para o comunicado, onde explica que a campanha do 1.º de Maio de 2012 assinalou o início de uma nova estratégia de negócio, onde os descontos ganharam lugar de destaque.

“Procuramos, desde então, e semana após semana, oferecer oportunidades únicas de poupança real e imediata, onde, a título de exemplo, se inclui a campanha actualmente em vigor de 25% de desconto imediato em todo o peixe e num conjunto alargado de outros produtos”, lê-se. Desde Maio do ano passado que o Pingo Doce passou a apostar nas promoções semanais em categorias específicas de produtos, em vez de ter preços mais fixos.

A promoção do 1.º de Maio, aplicada em compras superiores a 100 euros, custou à Jerónimo Martins dez milhões de euro,s mas ajudou o grupo a aumentar as vendas em 2,4% no segundo trimestre de 2012, depois de um início de ano com quebras de 0,8%, em comparação com o mesmo período de 2011 (e tendo em conta o mesmo número de lojas).

Em Agosto, a Autoridade da Concorrência (AdC) condenou o Pingo Doce a pagar uma coima de 29.927,88 euros por vendas com prejuízo devido a 15 contra-ordenações praticadas durante a campanha inesperada. Depois de uma fiscalização da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, a AdC concluiu que foram vendidos 15 produtos com prejuízo, nomeadamente açúcar, arroz, vinho, leite, café, flocos de cereais ou fraldas.
 

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