PSD destaca “grande demagogia” e “algum irrealismo” de Seguro

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Luís Montenegro reitera que futuro da RTP ainda não está decidido Daniel Rocha

O líder da bancada parlamentar do PSD, Luís Montenegro, destacou neste domingo uma nota de “grande demagogia” no discurso de Seguro, acusando o secretário-geral do PS de “algum irrealismo” ao pedir uma maioria absoluta.

Luís Montenegro falava aos jornalistas do encerramento do XIX Congresso Nacional do PS, considerando que era importante que o PS “assumisse essa postura de colaboração enquanto oposição” e que “há algum irrealismo” quando hoje coloca ao país a questão de querer ter uma maioria absoluta depois de, há dois anos, os portugueses terem relegado o PS para a oposição.

“Há sobretudo uma nota de grande demagogia neste discurso político do secretário-geral do PS, António José Seguro, quando assusta ou quer assustar os portugueses com o fim da prestação de serviços públicos essenciais e não consegue compreender que quando o Governo pretende reestruturar a forma como o Estado presta esses serviços, prestando-os na mesma mas gastando menos, está a tentar salvaguardar e assegurar a sua subsistência no futuro”, criticou.

Luís Montenegro considera que “do discurso do secretário-geral do PS resultou uma certa inconsistência da proposta política” dos socialistas mas admite que algumas propostas possam merecer o interesse da maioria PSD/CDS-PP.

“Não há uma estratégia de desenvolvimento do país diferente daquela que temos protagonizado na governação. Há algumas propostas avulsas que merecem ser olhadas com interesse por parte dos partidos da maioria”, considerou.

Para o líder parlamentar do PSD, “não é possível, como diz o secretário-geral do PS, ter uma política de equilíbrio orçamental e simultaneamente estar indisponível para tornar o Estado mais eficiente”.

“Essa inconsistência o PS terá que resolver para poder ter uma proposta credível para Portugal”, advertiu.

O líder parlamentar espera ainda que, depois da realização deste congresso, o PS “possa estar apostado em servir Portugal a partir da oposição e possa servir o interesse nacional aproveitando as suas propostas, algumas delas para poder dialogar com os outros partidos, nomeadamente com os partidos que compõem a maioria no Parlamento”.
Montenegro, sobre as propostas apresentadas por Seguro, recordou que “as regras de capitalização dos bancos foram acertadas aquando da negociação do empréstimo”.

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