Assis afirma que vai estar na primeira linha ao lado de Seguro

Assis deixou palavras de apreço a António Costa, considerando que ele "teve a lucidez de não se candidatar à liderança do PS”.

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Seguro abraçou Assis quando este acabou de falar Nelson Garrido

Francisco Assis puxou pelas bandeiras mais emblemáticas do Partido Socialista: escola pública, Serviço Nacional de Saúde e a reforma da Segurança Social para evidenciar as diferenças entre o PS, uma partido reformista, e uma direita que oferece aos portugueses “quase três anos de recessão, aumento da pobreza e o acentuar de clivagens sociais”.

“Onde estava esta direita quando Correia de Campos fazia as reformas na saúde? Onde estava esta direita quando Maria de Lurdes Rodrigues fazia importantes reformas na Educação? Onde estava esta direita quando Vieira da Silva promovia uma verdadeira reforma da Segurança Social?”, questionou Francisco Assis, levantando o congresso com um enorme aplauso.

Num discurso marcado pela unidade do partido, o ex-líder da bancada parlamentar empenhou se em elogiar a liderança de António José Seguro, seu adversário na corrida à liderança, e deixou palavras de apreço a António Costa, uma das “grandes figuras da nossa vida política, que teve a lucidez de não se candidatar à liderança do PS”.

Embora reconhecendo que nem sempre esteve de acordo com Seguro, Assis disse, dirigindo-se ao secretário-geral do partido: “Nestes dois anos nem sempre estivemos juntos, mas trabalhamos com lealdade e com respeito com um objectivo: afirmar o PS”.

E deixou a garantia de que não vai andar por aí, numa alusão a uma frase de Pedro Santana Lopes que ficou para a história. “Eu vou estar na primeira linhado PS”, prometeu.

Francisco Assis aludira à Europa, um tema transversal a muitas intervenções ao longo do Congresso, para dizer que ela “está doente” e que “vive hoje momentos trágicos”.

Feito o diagnóstico, proclamou uma “alternativa séria no plano europeu”. “Nós não somos de uma Europa que morre todos os dias. Não foi essa a Europa a que aderimos, há anos atrás pelas mãos de Mário Soares”, afirmou o deputado.
O ex-líder do grupo parlamentar declarou depois que “só o PS está em condições de interpretar uma nova concertação social e frisou que “é nesse esforço que nos temos de concentrar”. “Há uma agenda reformista a recuperar”.

“O PS é um partido reformista e não um partido preocupado com a manutenção de algumas conquistas”, referiu, sublinhando que o “PS tem soluções [para o país] e bate-se por elas”.

Quando Assis acabou de falar, os congressistas levantaram-se e aplaudiram com uma estrondosa salva de palmas a sua intervenção.

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