Biólogo esloveno inicia viagem em ultraleve até ao Pólo Norte

Matevz Lenarcic quer medir a concentração de substâncias poluentes a cerca de quatro mil metros de altitude.

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A viagem vai durar cerca de quatro semanas JURE MAKOVEC/AFP
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O biólogo esloveno Matevz Lenarcic tem uma nova missão. Depois de ter sobrevoado num ultraleve os cinco continentes, num total de cem mil quilómetros, Lenarcic partiu esta segunda-feira de manhã da capital do seu país, Ljubljana, com destino ao Pólo Norte. Mais uma vez a bordo do mesmo aparelho. O biólogo pretende percorrer cerca de 15.600 quilómetros para fazer medições da poluição do ar no Ártico.

O projecto começou a ser delineado no ano passado, depois de Lenarcic ter concluído, a bordo de um ultraleve Pipistrel Virus-SW914, com 290 quilos, uma viagem pelos cinco continentes. Os objectivos da missão foi consumir o menos combustível possível e chamar a atenção para a preservação do planeta. Agora, e mais uma vez com a conservação ambiental em mente, o biólogo, alpinista, parapentista, fotógrafo e piloto, de 54 anos, pretende ir até ao Pólo Norte.

“O Ártico é um indicador muito importante no que diz respeito às alterações climáticas e é crucial realizar investigações naquela região”, explicou Lenarcic, à AFP, antes de iniciar viagem. Questionado sobre as principais preocupações neste projecto, o esloveno responde: a meteorologia. “O principal problema desta vez será o tempo. Pode ser muito instável na Europa nesta altura do ano”. A juntar a esta dificuldade, Lenarcic terá as baixas temperaturas no Pólo Norte, bem como a baixa densidade do ar o que poderá ter uma forte influência no desempenho do ultraleve.

O biólogo tem pela frente três a quatro semanas de viagem, que inclui passagem pelo Ártico, Europa e América do Norte. Depois de sobrevoar o Pólo Norte, vai até ao Canadá e em seguida atravessa o Atlântico até à Europa, onde irá aterrar na Dinamarca e na Noruega. Durante todo o percurso prevê fazer escalas entre os 1100 e os 3100 quilómetros, a uma altitude que deverá variar entre os 3000 e os 4000 metros.

Ao voar a esta altitude, o esloveno espera conseguir fotografar e realizar medições da concentração de algumas substâncias poluentes no Ártico que até aqui nunca foram realizadas.

Já na missão concluída no ano passado, ao fim de quase quatro meses de viagem, Lenarcic fez este trabalho quando sobrevoou os cinco continentes.

O biólogo utiliza mais uma vez como transporte um ultraleve construído pela empresa eslovena Pipistrel, que em 2011 recebeu o prémio de avião ecológico da agência espacial norte-americana Nasa, por ter conseguido que um dos seus aparelhos percorresse 322 quilómetros em menos de duas horas com menos de 3,79 litros de combustível por ocupante. Para isso, o ultraleve que é conduzido por Lenarcic usa energia solar e eólica.

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