Condicionamento da Rua de Aleixo Mota, no Porto, prolonga-se pelo fim-de-semana

Problemas na conduta por onde passa a ribeira da Granja, que rebentou, são maiores do que se admitia inicialmente.

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O aluimento abriu um buraco de quatro por seis metros na rua, mas há mais fissuras na conduta que rebentou Paulo Pimenta

A Rua de Aleixo Mota, no Porto, deverá continuar cortada ao trânsito no sentido ascendente durante todo o fim-de-semana. A via permanece vedada devido a um aluimento de terras que ocorreu na terça-feira, pelas 22h15, causando danos na rua e no parque de estacionamento do Clube Fluvial Portuense.

Apesar dos esforços na reparação, a área continua sem condições de segurança. Nesta quinta-feira, uma vez limpo o acesso, e após uma avaliação mais cuidada, verificou-se que há fissuras na tubagem e falhas no solo que vão de 20 metros a montante até outros 20 metros a jusante em relação ao sítio onde a terra aluiu.

Joaquim Poças Martins, presidente da comissão de estruturação da Águas do Porto, explicou ao PÚBLICO que, com esse diagnóstico, “não há condições de segurança” no local e que, por isso, a rua vai continuar vedada e o “perímetro de segurança junto ao Fluvial vai ser alargado”, com restrições de acesso.

Segundo Poças Martins, nos próximos dias, serão feitas análises técnicas no local, para que se possa actuar da melhor forma e garantir a segurança daquele terreno o quanto antes. Garantindo atenção pelos aspectos ambientais, monetários e das acessibilidades, Poças Martins referiu a “necessidade de se avaliarem as várias alternativas” que existem para resolver o problema da Ribeira da Granja – que passa, entubada, sob aquela rua –, admitindo que as obras necessárias são caras.

Fonte do Clube Fluvial Portuense contou ao PÚBLICO que ainda não foram calculados os prejuízos causados pelo aluimento de terras. As suas instalações continuam sem gás, porque, por engano, a retroescavadora que ontem, ao final da tarde, remexia no buraco aberto pelo aluimento terá rompido uma conduta que levava gás ao Fluvial. A mesma fonte explicou que os edifícios adjacentes já voltaram a ter gás.

Por não haver água quente nos balneários, o Fluvial mantém canceladas as actividades que as crianças de vários colégios do Porto ali praticam. Os restantes utentes têm sido avisados para essa falta, cabendo-lhes a escolha de frequentarem ou não as instalações.

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