EUA defendem recontagem de votos na Venezuela

Nicolás Maduro foi eleito com uma vantagem de 273 mil votos num universo de 14,9 milhões de pessoas que foram às urnas.

Foto
John Kerry alinhou com a oposição venezuelana Kim Hong-ji/Reuters

O secretário de Estado americano John Kerry disse que deveria haver uma recontagem de votos na Venezuela, onde Nicolás Maduro foi eleito presidente com uma margem mínima e o candidato derrotado, Henrique Caprilles, pediu que os boletins voltem a ser contados manualmente.

“Achamos que deve haver uma recontagem”, afirmou Kerry, que estava a ser ouvido pelo comité dos Negócios Estrangeiros no Congresso americano. E acrescentou ser “difícil de perceber” a “pressa” com que a vitória de Maduro foi decretada pela autoridade eleitoral venezuelana.

Pelo menos sete pessoas morreram nos protestos que se seguiram à divulgação dos resultados eleitorais deste domingo, que apontaram Maduro como o vencedor, com uma vantagem de 273 mil votos num universo de 14,9 milhões de votantes nas urnas. A diferença corresponde a 1,83% dos votos.

Caprilles cancelou uma manifestação que estava agendada para esta quarta-feira junto às instalações da entidade responsável pelas eleições, por este não ter sido autorizado pelo recém-eleito Presidente e por, segundo afirmou, haver elementos do regime que pretendiam infiltrar-se entre os manifestantes e provocar distúrbios.
Sugerir correcção
Comentar