Passos quer bancos a financiarem mais a economia

Marques diz que primeiro-ministro deixou “aviso importante” à administração da Caixa Geral de Depósitos.

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Marques Mendes diz que remodelação governamental é “inevitável” Foto: Pedro Cunha

A revelação foi feita pelo Luís Marques Mendes na SIC. O comentador disse no Jornal da Noite que Passos Coelho aproveitou o Conselho Nacional do PSD para deixar um “aviso importante” à administração da Caixa Geral de Depósitos, exigindo que financie mais a economia. Horas depois, o primeiro-ministro sublinhou, em declarações aos jornalistas, que o Governo quer ver os bancos mais activos.

“O Governo quer que os níveis de financiamento da Caixa sejam mais elevados”, disse Marques Mendes, que vê nas palavras do primeiro-ministro um “aviso importante e sério” à administração liderada por Faria de Oliveira e José de Matos, cujo mandato termina no final deste ano.

O comentador da SIC disse mesmo que entende as palavras de Passos como um ultimato. “Ou a Caixa empresta mais dinheiro às empresas ou vamos de ter mudar a administração. Se o banco do Estado é igual ao outros, para quê ter um banco [público]?”, questionou o antigo líder do PSD.

O mandato da administração da Caixa termina neste ano e no mês passado surgiram notícias a dar conta da eventual intenção do Governo de substituir a administração que tem Faria de Oliveira como presidente do Conselho de Administração e José de Matos como presidente da comissão executiva do Conselho de Administração.

No final do Conselho Nacional do PSD, o primeiro-ministro defendeu a necessidade de os bancos financiarem a economia, embora não tivesse deixado nenhum aviso à Caixa Geral de Depósitos sobre as consequências de uma actuação do banco do Estado em sentido contrário.

"Há hoje alguma margem para que os bancos possam ter uma posição mais activa na retoma do investimento. O Estado suportou a recapitalização de alguns bancos privados e dotou a Caixa Geral de Depósitos dos rácios necessários e não deixará de actuar junto dessas instituições para tudo o que puderem fazer para retomar o crédito à economia seja feito", afirmou.

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