Negócios nos serviços caíram 10,7% em Fevereiro

Comércio e empresas de reparação de automóveis tiveram um recuo de 12,6% no volume de negócios.

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A crise no sector automóvel está a penalizar o volume de negócios das oficinas de reparação Rui Farinha

Numa economia em recessão, onde a procura interna, o consumo e o investimento estão em queda acentuada, o volume de negócios dos serviços continua a dar sinais negativos. Em Fevereiro, o recuo deste indicador foi mais forte do que no arranque do ano.

De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o volume de negócios caiu 10,7% em relação a Fevereiro do ano passado.

A quebra foi ditada sobretudo pela contracção da actividade no comércio por grosso e nas empresas de reparação de automóveis, onde o INE contabiliza uma diminuição do volume de negócios de 12,6%, a que mais contribuiu para a variação do indicador global dos serviços.

Este indicador permanece em terreno negativo num momento em que a confiança dos consumidores e o consumo continuam em baixa. Ao mesmo tempo, o mercado automóvel está há mais de dois anos a cair, com a crise no sector a penalizar também a actividade das oficinas de reparação, numa altura em que o rendimento disponível das famílias obriga a escolhas.

O volume de negócios desceu em todas as actividades das quais o INE actualizou dados. Nas actividades de informação e comunicação, diminuiu 8,1%, nas actividades administrativas e serviços de apoio, recuou 7,7%, enquanto nos transportes e armazenagem houve uma quebra de 1,8%.

Não há indicadores actualizados para a restauração e o alojamento, que, em Janeiro, caíram 11,8% em termos homólogos, nem para o sector imobiliário, que, no primeiro mês de 2013, subira 2,5%.

O índice de remunerações medido pelo INE apresenta uma queda de 3% face a Fevereiro de 2012, menor do que a queda de Janeiro (6,3%). No mesmo período, o número de horas trabalhadas caiu 8,7%, contra 6,7%.

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