Governo dos Açores pagará “com gosto” mais um subsídio

Vasco Cordeiro confirmou que será necessário aprovar um orçamento rectificativo regional.

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Vasco Cordeiro, presidente do governo açoriano Foto: José António Rodrigues

O presidente do Governo dos Açores afirmou nesta segunda-feira que cumprirá “com gosto” o acórdão do Tribunal Constitucional e pagará mais um subsídio aos funcionários regionais, mas sem adiantar quanto custará e que medidas serão necessárias para o fazer.

“Já fizemos as contas, mas eu preferia que esse assunto fosse apresentado quer com a sua componente quantitativa, quer com a sua componente das medidas que tomaremos a seguir para garantir o seu cumprimento”, disse Vasco Cordeiro, que falava na ilha Graciosa.

O presidente do Governo Regional respondia a perguntas dos jornalistas que o questionaram sobre quanto será o aumento da despesa pública na região com a reposição de mais um subsídio aos funcionários regionais e que medidas terão de ser tomadas para compensar esse acréscimo.

Vasco Cordeiro sublinhou que, “obviamente”, o Governo Regional vai respeitar o acórdão do Tribunal Constitucional relativamente ao Orçamento do Estado de 2013, sendo necessário aprovar também um orçamento rectificativo regional.

O presidente do Governo dos Açores sublinhou que o executivo regional respeitou e cumpriu o Orçamento do Estado em vigor, com normas agora declaradas inconstitucionais, porque não tinha “poderes”, ao abrigo da autonomia, “para ir em sentido diverso” no que toca à questão do corte de um subsídio aos funcionários.

“Cumpriremos, com gosto, aliás, esta decisão do Tribunal Constitucional”, afirmou, dizendo que “é uma matéria que está, do ponto de vista técnico, a ser trabalhada no âmbito do departamento competente do Governo” e que “a seu tempo” será “tornada pública” a forma como será concretizada.

O Tribunal Constitucional chumbou na sexta-feira o corte do subsídio de férias para o sector público, pensionistas e contratos de docência e investigação, bem como a criação de uma taxa sobre o subsídio de doença e desemprego.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou no domingo que não aumentará impostos e que tem a intenção de reduzir a despesa pública com a Segurança Social, saúde, educação e empresas públicas, para compensar o “chumbo” de várias normas do Orçamento do Estado para 2013 pelo Tribunal Constitucional.

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