RTP1 com Morais Sarmento à sexta-feira, Sócrates ao domingo

Estreiam-se esta semana A Opinião de José Sócrates e A Semana de Nuno Morais Sarmento, que marcam o regresso da aposta da TV pública no comentário.

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Sócrates (aqui na primeira entrevista após o regresso a Portugal) aguarda autorização do juiz para conceder entrevista ao semanário Expresso enric vives-rubio

Os programas de comentários de Nuno Morais Sarmento e José Sócrates na RTP1 vão estrear-se, respectivamente, na próxima sexta-feira, dia 5, e no domingo, dia 7, ambos a seguir ao Telejornal

O antigo ministro de Durão Barroso terá como interlocutor o jornalista João Adelino Faria, e o espaço de comentário, chamado A Semana de Nuno Morais Sarmento, irá para o ar a seguir ao Telejornal, confirmou o PÚBLICO junto da RTP.

Já José Sócrates irá concorrer directamente com Marcelo Rebelo de Sousa, que comenta a actualidade ao domingo à noite, na TVI, com Judite de Sousa. O programa protagonizado pelo ex-primeiro-ministro chama-se A Opinião de José Sócrates e o também ex-líder socialista terá como interlocutora a jornalista Cristina Esteves.

Tanto Nuno Morais Sarmento como José Sócrates estão desde terça-feira a protagonizar o clip de promoção do programa, onde ambos são vistos a dizer “Esta é a minha opinião” – Sócrates num tom cuidadoso, Sarmento num tom mais assertivo.

Se a ida de Nuno Morais Sarmento para comentador da RTP, anunciada na mesma altura que a de José Sócrates não provocou quaisquer reacções, já a do antigo primeiro-ministro provocou numerosos protestos e até várias petições na internet a favor e contra essa contratação.

A petição “Recusamos a presença de José Sócrates como comentador da RTP”  defende que o ex-líder socialista não deve ter presença “em qualquer programa” da televisão pública, “que é paga com dinheiros públicos dos contribuintes que sofrem do resultado da má gestão deste senhor”.

O texto, curto, e que se dirige aos deputados da Assembleia da República, aos presidentes da RTP e da ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social, ao secretário de Estado com a tutela da comunicação social, e ao provedor do telespectador da RTP, acrescenta que os signatários recusam “liminarmente o branqueamento das acções” de Sócrates e dos “actos de despesismo e gestão danosa”. Esta petição conta agora com 134.850 subscritores – bastam 4000 para que uma petição dirigida à Assembleia da República tenha que ser discutida pelos deputados.

Como resposta, surgiu poucas horas depois uma outra petição “a favor da presença de José Sócrates na RTP”, que conta com 7545 assinaturas. “O balanço da sua governação, positivo ou negativo, depende da avaliação de cada um e do que valoriza em cada prato da balança, houve atitude, obra feita, houve erros mas também muitos benefícios. Mas acima de tudo vivendo nós num estado democrático e de direito há um princípio fundamental basilar desse mesmo Estado: o princípio do contraditório, o princípio da defesa quer do bom nome quer das opções tomadas”, lê-se no texto.

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