CDS/Madeira defende mudança de políticos

Lino Abreu diz que renovação é necessária tanto no Governo central como na região.

O secretário-geral do CDS/PP-Madeira, Lino Abreu, defendeu neste sábado a necessidade de uma “mudança de políticos” no país e na região para “inverter” o actual “clima insustentável de austeridade” que está a levar Portugal para o abismo.

“O país atravessa a pior crise económica e social. O clima que hoje vivemos é insustentável, porque temos a maior austeridade nos últimos 34 anos”, disse o também deputado centrista madeirense numa conferência de imprensa no Funchal.

Face a este cenário, Lino Abreu sustentou ser “necessário inverter a situação política e as políticas mudando também de políticos, caso contrário temos o país num abismo e hoje é insustentável continuarmos a viver” nesta situação.<_o3a_p>

E o responsável do CDS/PP-M apontou que o país se confronta com os problemas da “contracção do PIB acima do esperado, uma recessão económica não prevista, uma subida de desemprego insustentável, o descontrole orçamental, continuando a ter um aumento do endividamento que só na passada semana aumentou mais 20 milhões de euros do que previsto, isto é tem um endividamento superior a 123% do PIB em termos nacionais”.<_o3a_p>

“Tudo isto é necessário mudar e alterar”, opinou.<_o3a_p>

Lino Abreu adiantou que na Madeira “a situação não é diferente”, mencionando que o Governo Regional “festejou” há uma semana o relatório que apontava para o facto de a região ter conseguido cumprir o défice previsto no programa de ajustamento aplicado a este arquipélago.<_o3a_p>

“Mas o Governo Regional esqueceu-se de festejar as outras situações em que a Madeira é campeã, como no aumento do desemprego (tem a taxa mais alta do país com mais de 20% da população desempregada), no número de falências que aumentou 49% em 2012, tem o maior número de pobres, além do ranking no ensino, das listas de espera da saúde, o aumento dos transportes, que são os mais caros do país”, argumentou o parlamentar centrista.<_o3a_p>

Segundo Lino Abreu, o Governo da Madeira “vive a festejar o cumprimento do programa de ajustamento, mas isso aconteceu à custa do empobrecimento das empresas, das famílias e do poder de compra”.<_o3a_p>

“É necessário inverter este tipo de políticas na região, este ciclo económico que está esgotado, tendo uma atitude política e uma estratégia muito clara de sustentabilidade económica”, sublinhou.<_o3a_p>

Defendeu ser “oportuna” a renegociação do programa de ajustamento da região porque a Madeira “não tem capacidade para manter este actual plano”, vivendo uma “dupla austeridade em termos de imposto” e um “governo de costas voltadas para a realidade”.<_o3a_p>

“É necessária outra visão e estratégia de crescimento e outros autores políticos aqui na região”, sustentou.<_o3a_p>

Lino Abreu referiu que o líder madeirense Alberto João Jardim pediu esta semana a “demissão do Governo, considerando que tem apego ao poder, quando ele está no poder há mais de 35 anos, não o larga”.<_o3a_p>

Para o dirigente regional do CDS/PP-Madeira, é preciso “alterar um conjunto de prioridades que mataram a Madeira nos últimos 30 anos. A Madeira precisa de alternativas, de soluções e progresso em termos económicos e sociais”.<_o3a_p>

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