Arcebispo de Braga preocupado com o desemprego e com o desânimo nos jovens

No Dia Mundial da Juventude, Jorge Ortiga diz estar preocupado ao ver tantos jovens a quererem desistir e defende uma nova sociedade com as pessoas no centro de decisão.

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“Custa ver tanta gente nova a desistir de lutar por um futuro melhor”, diz o arcebispo Enric Vives-Rubio (arquivo)

O arcebispo de Braga manifestou-se hoje preocupado com o desemprego em Portugal, sobretudo o jovem, parafraseando o papa João Paulo II para considerar que o fenómeno “deve ser tratado como uma tragédia e não como estatística económica”.

“Os números são bastante claros: Portugal atingiu quase um milhão de desempregados e, desses, 40% são jovens. Contudo, o Papa João Paulo II considerava, com razão, que o desemprego do homem deve ser tratado como uma tragédia e não como estatística económica”, referiu Jorge Ortiga, na homilia da missa dominical, na Sé de Braga.

Sendo hoje o Dia Mundial da Juventude, Jorge Ortiga dirigiu-se de uma forma especial aos mais novos, enfatizando o problema do desemprego jovem mas exortando-os a não baixarem os braços. “É proibido desistir”, vincou.

Mesmo reconhecendo que “é um facto que as coisas estão más”, o prelado sublinhou que “custa ver tanta gente nova a desistir de lutar por um futuro melhor”.

Para Jorge Ortiga, “numa sociedade tão cansada de promessas políticas, repleta de palavras gastas e esgotada de teorias utópicas, são gestos alternativos como os que o papa Francisco está a operar que conferem toda a esperança, tornando-se numa referência social”.

Defendeu que é necessário construir uma nova sociedade, “na qual as pessoas passam da periferia para o centro de decisão”, uma nova identidade humana, “privilegiando os mais fracos, os mais pobres e os mais pequeninos”, e uma nova religião, “que prefere a caridade à lei, para reconstruir a Igreja”.

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