Seguro reafirma oposição à privatização do sector das águas

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Seguro: "O Governo tem andado para a frente e para trás" Daniel Rocha

O secretário-geral do PS, António José Seguro, reafirmou hoje, em Coimbra, a oposição dos socialistas a uma eventual privatização do sector das águas em Portugal, alegando que o Governo tem essa perspectiva.

"O Governo tem andado para a frente e para trás mas, no fundo, no fundo, tem uma perspectiva, a da privatização das águas em Portugal, o Partido Socialista opõe-se à privatização das águas em Portugal", disse António José Seguro aos jornalistas.

No Dia Mundial da Água, que hoje se comemora, António José Segurou visitou o Parque Verde do Mondego, acompanhado, entre outros, pelo antigo presidente da Câmara e candidato do PS às próximas autárquicas, Manuel Machado, que fez um historial dos investimentos naquela zona ribeirinha da cidade.

Manuel Machado considerou o rio Mondego como a mais importante reserva de água nacional, dado a sua gestão ser exclusivamente portuguesa, já que os rios Douro e Tejo têm gestão transaccional.

António José Seguro considerou que o Mondego "têm um aproveitamento turístico que se nota", manifestando-se "muito satisfeito" por ver "qualificada" a zona ribeirinha de Coimbra.

"Mas também há que tirar proveito agrícola destas águas", argumentou.

Sobre a questão que opõe a autarquia de Coimbra e a concessionária Águas do Mondego à empresa Águas de Portugal (AdP) e que levou o presidente da Câmara de Coimbra a ameaçar com um processo judicial à AdP por alegada quebra de contrato, Pedro Coimbra, líder da Federação Distrital do PS, considerou-a "uma posição tardia" e que vai "a reboque" das posições socialistas.

"A questão do Partido Socialista nesta matéria é muito clara e não é de agora. O PS opõe-se a qualquer tentativa ou tentação de privatização de parte ou de todo o sector da água, entende que os aumentos que porventura estarão a ser equacionados são para tapar um buraco financeiro das Águas de Portugal e que os consumidores não podem ser penalizados por um buraco financeiro para o qual não contribuíram", frisou.

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