Combate a incêndios florestais vai custar 78,5 milhões de euros

Governo reforça verbas destinadas às corporações de bombeiros. Reclusos chamados a participar em acções de prevenção.

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No sábado, Vítor Figueiredo, o presidente da Câmara de São Pedro do Sul, no distrito de Viseu, lamentou a falta de meios para combater as chamas. Daniel Rocha

O combate aos incêndios florestais vai custar este ano 78,5 milhões de euros, o que reflecte um aumento de quase 5% em relação a 2012, revelou nesta quinta-feira o ministro da Administração Interna.

Miguel Macedo, que presidiu a reunião do Conselho da Protecção Civil que aprovou o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) para 2013, salientou o acréscimo de quatro milhões de euros no montante global para o combate a incêndios.

O governante assinalou também o reforço em 11% das verbas destinadas às corporações de bombeiros, que totalizará 2,3 milhões em 2013. Miguel Macedo referiu ainda que serão despendidos 1,3 milhões de euros para a aquisição de rádios, a serem distribuídos pelas corporações de bombeiros de todo o país, que vão passar a dispor de seis aparelhos, em vez dos três do ano passado.

A constituição de dez grupos de reforço de ataque ampliado, denominados GRUATA, a utilização de máquinas de rastos, no apoio às acções de combate a incêndios florestais, e a cooperação com a Força Aérea Portuguesa, que disponibiliza o avião C-295M, são outras das alterações significativas no DECIF para 2013.

Miguel Macedo apresentou ainda o programa de integração de reclusos em acções de prevenção e vigilância dos incêndios florestais, na primeira das três fases do sistema de combate.

Além de realçar a intenção de se aprofundar a formação especializada do dispositivo, o ministro da Administração Interna referiu-se à instalação de um sistema de apoio e monitorização de incêndios florestais, um projecto-piloto no Parque Natural da Peneda-Gerês, com 13 sistemas com tecnologia nacional para a detecção de fumo.

O DECIF consagra quatro fases de perigo, cujo período crítico — a fase Charlie — decorre de 1 de Julho a 30 de Setembro, com um total de 237 postos de vigia, 1172 equipas, 1976 veículos e um total de 9337 operacionais, distribuídos por equipas de vigilância (676), de vigilância e ataque inicial (396) e de combate (1102).

Durante as fases Bravo (15 de Maio a 30 de Junho), Charlie e Delta (1 a 31 de Outubro), serão utilizados 45 meios aéreos, no total, juntando-se os helicópteros com brigadas e o helicóptero Allouete III e o C-295M da Força Aérea.

 

 

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