Deputada do PSD exige solução para problemas do Hospital Termal das Caldas da Rainha

Conceição Pereira considera inaceitável a falta de respostas do Ministério da Saúde. Governo quer entregar a privados a gestão do hospital, que está de novo encerrado por causa de bactérias.

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Município exige que o hospital termal permaneça no Serviço Nacional de Saúde Pedro Cunha/Arquivo

A deputada social-democrata Conceição Pereira considera inaceitável a falta de respostas do Ministério da Saúde para o Hospital Termal das Caldas da Rainha e exige soluções para evitar os sucessivos encerramentos devidos a bactérias.

“Não é aceitável a ausência de uma resposta por parte do Ministério da Saúde, pois, há cerca de um ano, no feriado municipal [15 de Maio], foi prometida uma solução rápida para a situação do Hospital Termal Rainha D. Leonor”, considera a deputada do PSD, Conceição Pereira, num requerimento ao Governo.

A posição da deputada, divulgada esta segunda-feira, foi formalmente assumida na sexta-feira, após a suspensão dos tratamentos de hidrobalneoterapia devido à presença da bactéria Legionela não pneumophila. A suspensão acontece depois de o serviço ter estado encerrado pela última vez entre Julho de 2012 e 2 de Janeiro devido à presença da bactéria Legionela.

“Os autarcas e população não entendem estes constantes encerramentos, que têm conduzido a uma drástica redução dos aquistas e à diminuição de receitas”, refere a deputada no documento entregue na Assembleia da República, em que exige saber se o Ministério da Saúde vai avançar com obras que solucionem “de forma definitiva” os problemas do hospital.

Fundada em 1485 e considerada o primeiro hospital termal do mundo, a unidade tem características únicas (a nível preventivo e nas áreas de Reumatologia, Medicina Física, Reabilitação e doenças do foro respiratório) e chegou a receber cerca de dez mil aquistas por ano.

Apesar de a Câmara das Caldas da Rainha ter custeado um estudo para um modelo de gestão e de, desde o ano passado, ter acedido a suportar as análises da água (obrigatórias para a manutenção dos tratamentos), ainda nenhuma solução foi apresentada. Um estudo sobre a reorganização hospitalar do Oeste, elaborado pela Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo, sugere que o hospital seja entregue a privados, mas autarcas e população contestam e exigem a sua manutenção no Serviço Nacional de Saúde.

Perante o encerramento, Conceição Pereira exige agora saber se o Ministério da Saúde tem algum plano para a gestão do hospital e para o seu património e se pretende manter ou não esta unidade no âmbito do Centro Hospitalar do Oeste (que integra, além do termal, os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche).

A suspensão dos tratamentos levou ainda a deputada a solicitar, com carácter de urgência, reuniões com a administração do Centro Hospitalar do Oeste  e com o secretário de Estado da Saúde. A Assembleia Municipal das Caldas da Rainha agendou também para o próximo dia 19 uma sessão extraordinária que terá como ponto único a situação do hospital termal.
 

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