Taguspark: Vítor Baía nega ter sido abordado por Rui Pedro Soares

Antigo futebolista internacional português garantiu nesta quinta-feira não ter sido coagido a apoiar a campanha de José Sócrates às legislativas de 2009.

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Vítor Baía (à direita, na foto) foi ouvido na qualidade de testemunha Enric Vives-Rubio

O antigo futebolista internacional português Vítor Baía garantiu nesta quinta-feira, no Tribunal de Oeiras, nunca ter sido abordado por Rui Pedro Soares, arguido no processo Taguspark, para apoiar a campanha de José Sócrates às legislativas de 2009.

 

Em causa estão as alegadas contrapartidas que a Taguspark terá dado, por intermédio do ex-administrador Rui Pedro Soares (na altura, também administrador da PT), ao ex-futebolista Luís Figo, para este apoiar a campanha de Sócrates a primeiro-ministro.

Durante a sessão de hoje, Vítor Baía – que, a par de Rui Costa e de Sá Pinto, assinou na altura um contrato publicitário com a PT, através do administrador Rui Pedro Soares – negou que tivesse sido abordado pelo arguido do processo para apoiar a candidatura socialista.

"Desde o início do contrato, que iniciou em 2008 e terminou em 2011, nunca houve qualquer influência para participar em qualquer eleição", reafirmou o ex-futebolista aos jornalistas, à saída do tribunal.

Vítor Baía lamentou ainda as declarações do advogado Paulo Penedos, que, em tribunal, justificou, há duas semanas, as conversas que estão na origem do processo alegando que aquela geração de futebolistas "não dá ponto sem nó" e que não se "levanta da cama para um acto de cidadania", ou seja, sem ser remunerada.

"Lamento profundamente que tenha proferido essas palavras, porque não é condizente com a nossa postura e o nosso trajecto", afirmou.

Na sessão desta quinta-feira, foi ainda ouvido, enquanto testemunha, o administrador da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Sport Lisboa e Benfica Domingos Sá de Oliveira, que afirmou que, da “geração de ouro” do futebol português, apenas conhece Rui Costa. O administrador da SAD benfiquista disse ao colectivo de juízes que Rui Costa se dedica a várias causas que não são remuneradas, refutando, assim, as declarações de Paulo Penedos.

No processo Taguspark, que começou a ser julgado há cerca de um mês em Oeiras, estão acusados de corrupção passiva para acto ilícito Rui Pedro Soares, ex-administrador não-executivo do pólo tecnológico de Oeiras, Américo Tomatti, à data dos factos presidente da comissão executiva do Taguspark, e João Carlos Silva, antigo administrador do pólo.

 

 

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