Albino Almeida sai da Confap em Abril, por já não ter filhos no ensino básico e secundário

Actual vice-presidente da Confap, Jorge Ascensão, é o nome proposto para substituir Albino Almeida na liderança.

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Albino Almeida abandona a liderança da Confap em Abril PÚBLICO

Albino Almeida, que preside à Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) desde 2007, vai abandonar esta estrutura em Abril. Em declarações ao PÚBLICO, justificou o abandono com o facto de nenhuma das suas filhas se encontrar já a estudar no ensino básico ou secundário, situação que, acrescentou, impede a sua continuação no cargo e na própria confederação.

O ainda presidente da Confap ficou na mira de sindicatos e movimentos de professores devido ao seu apoio às políticas da ex-ministra socialista da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues. Em 2009, também cinco dirigentes da confederação, entre eles o seu vice-presidente, demitiram-se em protesto pelas "posições de apoio do presidente da Confap ao Governo [de José Sócrates]".

A saída de Albino Almeida será concretizada na assembleia geral da Confap marcada para 20 de Abril. O ainda presidente indicou que é a primeira reunião deste órgão desde a entrada da sua filha no ensino superior. Albino Almeida escusou-se a revelar que planos tem para o futuro, frisando apenas que tenciona manter-se activo enquanto cidadão.

O actual vice-presidente da Confap, Jorge Ascensão, deverá substituí-lo na liderança. É este, pelo menos, o nome que será proposto pelo conselho executivo da Confap.

Jorge Ascensão, que é o presidente da Federação das Associações de Pais do concelho de Gondomar, indicou ao PÚBLICO que o seu grande objectivo será o de incentivar não só "maior participação parental nas escolas", como uma "intervenção mais esclarecida por parte dos pais" com vista à "maximização das competências das crianças".

É com este fim que "professores, pais e funcionários" devem trabalhar em conjunto, defende. Neste tempo de cortes, Jorge Ascensão defende que a "educação deve ser olhada como um investimento essencial para que o país possa ser mais produtivo". Quanto à futura liderança da Confap, afirma que "terá de ser muito mais partilhada" do que tem sucedido até agora com Albino Almeida.

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