Portas afirma ser possível reconciliar diferenças com PS

" Só uma pessoa que não estiver no seu são juízo acha que está tudo bem", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros no debate da Assembleia da República, onde apelou ao PS para mostrar um "realismo consensual".

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Rui Gaudêncio

Nas intervenções finais no debate de urgência do PS, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, apelou ao PS para mostrar um "realismo consensual", num tom de aproximação aos socialistas que já tinha sido manifestado pelo ministro das Finanças ao longo desta manhã.

Paulo Portas, que é líder do CDS-PP, concordou com o secretário-geral do PS, António José Seguro, na necessidade de criar um banco de fomento para estimular o investimento económico e acolheu outra proposta sobre créditos fiscais para pequenas e médias empresas avançada pelo líder socialista.

O ministro dos Negócios Estrangeiros sustentou que, nas negociações com a troika, deve conseguir-se a redução dos prazos dos reembolsos previstos para os próximos anos. E vincou a necessidade de diluir mais no tempo os cortes de quatro mil milhões de euros na despesa do Estado. "[É necessário] Procurar a redução estrutural da despesa sem que a variável tempo seja um dogma e com escolhas económico-sociais ponderadas", afirmou o ministro que tem nas mãos a tarefa de elaborar um guião dos cortes. 

Na resposta, António José Seguro fez notar a diferença entre o discurso do líder do CDS e o do primeiro-ministro. O líder do PS acusou a maioria de demonstrar "posições híbridas, como um polícia bom e um polícia mau", dizendo haver "um partido da coligação bom e outro mau".

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