Mota-Engil disponível para negociar contratos com o Estado

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A comissão de inquérito parlamentar tem cinco concessões na agenda Nelson Garrido

A Mota-Engil está disponível para renegociar os contratos de parcerias público-privadas (PPP), afirmou o presidente do conselho de administração, António Mota, considerando que esta “é uma decisão política”.

Na comissão parlamentar de inquérito às PPP, nesta quinta-feira, António Mota disse que a Mota-Engil estará à disposição para negociar direitos e obrigações “quando quiserem”, adiantando que até já foram dadas “soluções a quem de direito”.

“Para nós qualquer solução é possível: desde ficar como está a encontrar uma solução de diminuição de direitos e obrigações. Estaremos à disposição de nos sentarmos na mesa quando quiserem, sempre que quiserem para encontrar soluções”, declarou o empresário.

António Mota realçou que esta “é uma decisão política”, a que o grupo tem que se habituar, mas “defendendo a empresa que tem 22 mil trabalhadores pelo mundo fora”.

“Já demos possibilidades de soluções a quem de direito. Temos ideias, estamos à espera que haja uma orientação global”, acrescentou.

Em relação à renegociação dos contratos das três ex-SCUT (Costa de Prata, Beiras Litoral e Alta e Grande Porto) e das duas concessionárias (Norte e Grande Lisboa), realizada em 2010, António Mota defendeu que foi “boa para o Estado”, tendo resultado numa poupança de 1200 milhões de euros para o erário público.

“Estou convencido que foi bom para o Estado”, afirmou, realçando que o acordo alcançado representou um ponto final em vários pedidos de reequilíbrio financeiro.

Com essa renegociação, a taxa de rentabilidade das cinco concessões rodoviárias da Ascendi, detida maioritariamente pela Mota-Engil, baixou cerca de 16%.

“A TIR [taxa de rentabilidade interna] média das concessões baixou de 11,16% para 9,48%, cerca de 16%. A margem reduziu”, explicou.

A Ascendi Group é controlada pela Mota Engil (60%) e pelo Espírito Santo Concessões (40%), detida maioritariamente pelo Banco Espírito Santo.

Na agenda da comissão de inquérito parlamentar às PPP, estão cinco concessões – Norte, Grande Lisboa, Costa de Prata, Beiras Litoral e Alta e Grande Porto.

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