Força Aérea mobiliza 4000 operacionais para simular missões de manutenção de paz

A Força Aérea Portuguesa está a mobilizar no país, até 22 de Fevereiro, mais de 4000 operacionais focados sobretudo na simulação de missões de manutenção de paz, contando com o apoio do Exército, Marinha e forças internacionais.

O responsável pelo exercício, o tenente-coronel Carlos Lourenço, disse à agência Lusa que “o cenário que está montado vai desde missões de suporte de paz, como ajuda humanitária” até situações bélicas nas quais são simuladas “algumas forças insurgentes que é preciso debelar”. 
O exercício, baptizado de “Real Thaw 2013” está a ser realizado em vários pontos do norte do país (Seia, Trancoso, Guarda, Celorico da Beira, Pinhel, Meda e Lamego), sendo que a coordenação é feita a partir da Base Aérea N.º5, em Monte Real, Leiria. O “Real Thaw 2013”, que conta com a participação militares da Holanda e Estados Unidos da América, bem como meios aéreos do Reino Unido e da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), tem como principais objectivos “treinar, qualificar e aprontar as forças participantes para as exigências que estrategicamente se apresentam hoje a Portugal e às Alianças Internacionais de que o país faz parte”.
 
Para o cumprimento destes objectivos estão planeadas missões aéreas e terrestres utilizando 2000 operacionais do Exército, um milhar oriundo da Marinha e 1200 da Força Aérea, apoiados por 40 aeronaves.
 
Para além dos helicópteros, alocados numa frente avançada em Seia, e dos F16 portugueses, o exercício conta com os A10 das esquadras norte-americanas (avião de ataque ao solo) e controladores de aéreos avançados daquele país.
 
Destaque ainda para a utilização do AE3, avião da NATO utilizado como radar móvel para detectar comunicações e outras aeronaves inimigas a longa distância, assim como para o Falcon 20, uma aeronave de guerra electrónica.
 
Neste treino conjunto “concentramos esforços para envolver todas as nossas esquadras e colocá-las num ambiente de treino com o intuito de qualificá-las para as missões que temos atribuídas” a nível internacional, explica Carlos Lourenço.
 
Para o responsável pela logística, o capitão Neves, “o grande desafio é fazer o que está previsto em termos de planeamento numa operação real”, sendo que só na Base Aérea n.º5 de Monte Real há que contar “com mais 400 homens fora do normal funcionamento da base”.
 
Para além do alojamento, as tendas, o reforço de viaturas, contentores, mobiliário e energia, através da instalação de geradores, “constituem preocupações que são tratadas muitos meses antes”, frisa o militar.
 
O ministro da Defesa, Aguiar-Branco, deverá acompanhar este exercício militar numa visita prevista para 19 de Fevereiro.
 
 

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