Portugal acabou de forma desastrosa a etapa de Las Vegas

A selecção nacional de râguebi terminou a quinta etapa do Circuito Mundial de sevens com a pontuação mínima.

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Duarte Moreira foi dos melhores jogadores portugueses IRB

A prestação da selecção nacional na quinta etapa do Circuito Mundial de sevens foi desconcertante. Em Las Vegas, Portugal começou por brilhar no primeiro dia, vencendo a Inglaterra, mas após falhar o apuramento para a Cup, o principal troféu, realizou duas exibições confrangedoras contra a Espanha e Uruguai. Com esta má prestação, Portugal saiu dos lugares que garantem um lugar de equipa residente na próxima época.

Há duas semanas, antes das etapas na Nova Zelândia e Estados Unidos, Portugal ocupava o nono lugar no Circuito. Quinze dias depois, após duas prestações muito negativas, onde a selecção nacional somou a pontuação mínima (um ponto), a equipa portuguesa caiu para o último lugar (15.º) e o objectivo de assegurar um lugar nos 12 primeiros e, dessa forma, garantir um lugar de equipa residente em 2013-14, ficou mais longe.

A ausência de um quarteto de luxo (Pedro Leal, Frederico Oliveira, Gonçalo Foro e Adérito Esteves) e a baixa média de idades dos eleitos por Frederico Sousa (22 anos), não justifica tudo. Entre os 12 convocados, quatro atletas tinham apenas 18 anos, e jovens jogadores como José Vareta, João Lino, Pedro Bettencourt ou Nuno Sousa Guedes mostraram que a modalidade tem o futuro garantido em Portugal, mas a pouca consistência demonstrada em Wellington e Las Vegas deixou evidente que esta equipa ainda não está preparada para competir ao mais alto nível.

Na fase de grupos, contra três das melhores selecções do Circuito (Ilhas Fiji, Inglaterra e Escócia), Portugal exibiu-se em grande nível e surpreendeu ao derrotar os ingleses, mas depois de falhar, de forma injusta, o apuramento para a Cup, a equipa nacional foi relegada para a Taça Bowl e transfigurou-se.

Nos quartos-de-final, contra a Espanha, os portugueses estiveram apáticos e sem a garra exibida nos jogos anteriores, acabando justamente derrotados (12-0). O desaire empurrou Portugal para a Shield, a taça de menor importância, e o cenário piorou: contra o Uruguai, equipa de qualidade inferior que foi convidada para prova, a exibição foi paupérrima e os sul-americanos venceram por 7-5 (ensaio de Duarte Moreira).

Portugal tem agora quatro etapas para tentar recuperar um lugar entre os 12 primeiros. A próxima realiza-se em Hong Kong, entre 22 e 24 de Março e, em princípio, a selecção nacional já irá contar com Pedro Leal, Frederico Oliveira, Gonçalo Foro e Adérito Esteves.
 
 

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