Hugo Chávez está melhor e já assina documentos

O vice-presidente e o ministro dos Negócios Estrangeiros foram a Havana levar imagens da Virgem.

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A Virgem del Valle e a Virgem de Betânia, santas da devoção de Chávez Presidência da Venezuela/AFP

Todos os dias, o ministro da Comunicação e da Informação da Venezuela emite um comunicado sobre a saúde de Hugo Chávez. Na terça e na quinta-feira houve novidades: o Presidente já consegue assinar documentos e tem agora à sua cabeceira imagens da Virgem Maria.

Na sexta-feira, Chávez, que está internado em Cuba desde o início de Dezembro de 2012 devido a um cancro na região pélvica (foi operado pela quarta vez), foi visitado pelo vice-presidente, Nicolás Maduro, e pelo novo ministro dos Negócios Estrangeiros, Elías Jaua. Os dois levaram ao comandante imagens das virgens da sua devoção, a Virgem del Valle e a Virgem de Betânia.

As imagens foram oferecidas pelos povos de Margarita e Cúa, explicou o ministro Ernesto Villegas através do Twitter.

Chávez convalesce em Havana. A última vez que foi visto em público foi a 10 de Dezembro, quando embarcou para a ilha cubana. Depois de muita especulação sobre o seu verdadeiro estado - e uma vez que noutras ocasiões em que foi operado em Cuba ou deixou-se fotografar ou enviou mensagens de voz, gravadas, aos venezuelanos -, o presidente do Parlamento, Diosdado Cabello, disse que Chávez tinha assinado uma directiva presidencial.

Em Cuba, Maduro fez-se fotografar com o documento e vê-se que está uma assinatura acima da palavra Presidente. Cabello, citado pelo jornal venezuelano El Universal, disse que o Presidente continua a recuperar "devagar mas de forma constante". E sim, o Presidente assinou, senhores da direita, e deu instruções sobre decisões que devem ser tomadas no partido e no Governo".

A oposição cubana tem vindo a pedir que seja revelado o verdadeiro estado de saúde de Chávez e que seja dada uma indicação do tempo que demorará a sua recuperação. Argumenta que, se for demasiado longa, Chávez deve afastar-se e marcar novas eleições. Ao partir para a Venezuela, deu um sinal claro qos venezuelanos que esta quarta operação seria muito difícil de superar: "Se houver uma circunstância que me impeça de continuar (...), se for preciso marcar novas eleições, elejam Maduro", pediu Chávez.

Cabello não quis especificar o conteúdo do documento assinado pelo Presidente. Disse apenas esperar que a oposição considere a assinatura falsa. "Mas nós somos filhos de Chávez e ele ensinou-nos que não devemos mentir ao povo", concluiu.

 

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