Governo diz que o “TGV morreu em Novembro de 2011” e isso “é irreversível"

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Secretário de Estado diz que o TGV morreu AFP

O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, afirmou nesta quinta-feira que “o TGV morreu em Novembro de 2011”, altura em que foi cancelado por decisão do Conselho de Ministros, e que “este cancelamento é irreversível”.

Em conferência de imprensa, em Lisboa, o governante esclareceu que “o objectivo do Governo é ligar os portos do Sul – Setúbal, Sines e Lisboa – resto da Europa”, o que vai ser feito através do projecto Linha de Transporte de Mercadorias (LTM).

“O TGV está cancelado, esse cancelamento é irreversível e o projecto de Portugal é o projecto LTM” (Linha de Transporte de Mercadorias), reiterou o governante.

O secretário de Estado dos Transportes disse ainda que o projecto LTM reduz os custos para os exportadores em 40% e aumenta a capacidade de carga para os transportadores em 80%.

Quanto a custos associados, Sérgio Monteiro referiu que “o anterior projecto do TGV, na ligação até Lisboa, tinha um custo de 4276 milhões, que reduz para cerca de 700 milhões”, considerando “o pior cenário”, o que representa “uma redução de 84% do custo de investimento”. Deste montante, a componente nacional por transferências dos Orçamentos do Estado “reduz para 175 milhões de euros”, segundo Sérgio Monteiro.

Na terça-feira, o Ministério da Economia e Emprego esclareceu que não está previsto retomar o projecto de alta velocidade até 2015, depois de as Finanças terem anunciado que salvaguardaram financiamento de ligação entre Lisboa e Madrid.

Em comunicado, o ministério tutelado por Álvaro Santos Pereira refere que “não está previsto para o período da actual legislatura qualquer iniciativa por parte do Governo para que o projecto de alta velocidade seja retomado”, ou seja, até 2015.

O Ministério das Finanças, por seu lado, revelou que a reformulação do projecto de ligação ferroviária entre Lisboa e Madrid recebeu parecer favorável de Bruxelas e que foi possível acautelar o financiamento comunitário do plano.

“O Governo Português conseguiu salvaguardar o financiamento comunitário do projecto Lisboa-Madrid, ao mesmo tempo que conseguiu aumentar de forma significativa as taxas de comparticipação comunitária, reduzindo assim o esforço financeiro para o Orçamento do Estado português”, respondeu o Ministério das Finanças, num esclarecimento avançado inicialmente à TVI.

 
 

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