Franquelim Alves começou na Ernst & Young com 16 anos, mas não como consultor

Secretário de Estado entrou na Ernst & Young aos 16 anos, mas com um cargo não qualificado e não como auditor e consultor, como indica o Governo.

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Franquelim Alves (ao centro) continua no centro da polémica Nuno Ferreira Santos

O PÚBLICO confirmou que Franquelim Alves entrou na Ernst & Young com 16 anos, mas com funções não qualificadas e de início de carreira, diferentes, portanto, das enunciadas no currículo oficial do Governo. A empresa consultora chamava-se então Ernst & Whinney, nome que só foi alterado para Ernst & Young depois da fusão entre sócios da empresa, em 1989.

Este percurso foi confirmado ao PÚBLICO e ter-se-á desenrolado ao longo de 17 anos dentro da empresa consultora. Mas, já depois de ter sido apurada esta informação, a Ernst & Young Portugal emitiu um comunicado de imprensa no qual avança que Franquelim Alves iniciou carreira como "júnior auditor" na Barton Mayhew & Cia, uma das empresas que daria origem à actual Ernst & Young.

O PÚBLICO tentou contactar o Ministério da Economia para averiguar o desacerto na biografia do secretário de Estado, mas não obteve resposta até ao momento.
 
Franquelim Alves, recém-empossado secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, não abandona o centro da polémica. Depois de terem sido acrescentadas as funções de ex-administrador da SLN, holding proprietária do BPN, a consulta ao currículo de Franquelim Alves informa que o novo colaborador do ministro da Economia começou a trabalhar como auditor e consultor no ramo português da empresa norte-americana Ernst & Young em 1970. Tinha então 16 anos.

No currículo disponibilizado no portal do Governo lê-se que, durante a sua carreira na Ernst & Young, Franquelim Alves “atingiu a categoria de partner in charge da área de consultoria de gestão desenvolvendo a sua actividade em vários grupos económicos de primeira dimensão nos sectores químico, farmacêutico, cimenteiro, pasta e papel, incluindo projectos de reestruturação financeira e de gestão em empresas portuguesas e angolanas (navegação, aviação, cimentos e petróleos)”.

O ministro Miguel Relvas comentou na quarta-feira o início de carreira do novo secretário de Estado aos 16 anos: “Não o conheço desde essa idade, conheço-o há alguns anos, mas não o conheço desde os 16 anos.”

 


 

 


 
 
 
 
 
 
 

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