Cruz Vermelha precisa de mais de 500 mil euros para ajudar vítimas das cheias em Moçambique

Organização preocupada com milhares de desalojados e perigo de eclosão de doenças.

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As cheias assolaram o país há meses provocando 91 mortos Reuters

A Federação Internacional da Cruz Vermelha precisa de 700 mil dólares (517 mil euros) para prestar ajuda de emergência às vítimas das cheias em Moçambique, que mataram 91 pessoas e desalojaram mais de 150 mil, anunciou a organização esta terça-feira.

Com a angariação do fundo, a Federação Internacional da Cruz Vermelha pretende participar no amplo movimento de solidariedade com que o país está a responder à crise humanitária provocada pelas calamidades naturais.

Segundo a porta-voz da organização em Moçambique, Jessica Sallabank, a província de Gaza é a que tem maior necessidade de ajuda, por ter sido a mais atingida. "Mais de 100 mil pessoas nesta província foram desalojadas, muitas estão a dormir ao relento, outras dormem no mato. Parece que se vive uma situação de total desespero e de caos por lá. No distrito de Chókwé, 40 mil pessoas vivem em centros de acomodação", frisou Jessica Sallabank.

A Federação Internacional da Cruz Vermelha mostrou-se preocupada com o perigo de eclosão de doenças, devido às precárias condições de vida nos centros de alojamento. "O risco de malária, diarreia e cólera é muito, muito alto. As pessoas dormem sem redes mosquiteiras, perto de águas sujas e estagnadas", afirmou Jéssica Sallabank.

Internamente, continua activo o movimento de solidariedade para com as vítimas das cheias, envolvendo grandes empresas, organizações religiosas e da sociedade civil e particulares.

A Rede Agha Khan para o Desenvolvimento e a Comunidade Ismaili, a multinacional BHP Billiton, principal accionista da fundição moçambicana de alumínio Mozal, a Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB) e o Sindicato Nacional dos Jornalistas anunciaram que vão prestar apoio material às vitimas das cheias.
 
 

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