Em ano de subidas no tráfego, TAP conseguiu fazer frente às low cost

Relatório do INAC mostra que a transportadora portuguesa não perdeu quota em nenhum dos aeroportos nacionais, à excepção do Funchal.

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Quota de mercado da TAP cresceu em Lisboa, para 64% Nuno Ferreira Santos

Apesar da crise, o tráfego aéreo aumentou 3,7% no último trimestre de 2012, com as companhias de aviação que operam em Portugal a alcançar quase seis milhões de passageiros nesse período, revela um relatório publicado pelo Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC).

Lisboa destacou-se com uma subida de 5%. O Aeroporto da Portela representou 58,9% do tráfego movimentado entre Outubro e Dezembro. O segundo maior crescimento foi protagonizado pelo aeroporto do Funchal (2,3%), seguindo-se o aeroporto de Faro (1,8%).

Com os dados divulgados pelo INAC é possível concluir que, no acumulado do ano, o tráfego nos aeroportos portugueses subiu 2%, para praticamente 28,1 milhões de passageiros. O terceiro trimestre, e especialmente o mês de Agosto, destacou-se, com um total de 9,4 milhões.

Apesar da investida que as companhias low cost têm em feito em Portugal e que em anos anteriores tem penalizado a posição da TAP, os números agora revelados pelo regulador da aviação mostra que a transportadora portuguesa conseguiu fazer frente às empresas de baixo custo.

A companhia de aviação, cuja privatização fracassou no final do ano passado, só perdeu terreno no aeroporto do Funchal, tendo passado de uma quota de 39 para 38%, entre os quartos trimestres de 2011 e de 2012. No Porto, a posição do grupo nacional manteve-se inalterada, com uma quota de mercado de 42%.

O mesmo aconteceu em Faro e em Ponta Delgada, os dois aeroportos onde perde para as suas concorrentes e onde terminou o ano passado com 8 e 3% do mercado. No Algarve, o aeroporto é dominado por operadoras low cost, com a Ryanair à cabeça (26%), seguindo-se a Easyjet (19%). Já nos Açores, a maior fatia de tráfego pertence à SATA Air Açores (66%) e à SATA Internacional (28%). A TAP surge em terceiro lugar.

Na capital, a transportadora aérea portuguesa conseguiu acrescentar dois pontos percentuais à quota de mercado registada no final de 2011, subindo de 62 para 64%. O reforço não resultou, no entanto, numa perda de força das companhias de baixo custo, já que a Easyjet, que abriu uma base aérea em Lisboa em Abril de 2012, também cresceu de 7 para 8%.
 
 
 
 

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