Torneio das Seis Nações de 2013 promete equilíbrio q.b.

O pontapé de saída para a 112.ª edição do Torneio das Seis Nações é dado neste sábado, no Millennium Stadium, em Cardiff: às 13h30, o País de Gales (vencedor da última edição) recebe a Irlanda.

Foto
Chris Ashton é um dos trunfos da Inglaterra Reuters

A Inglaterra e a França partem, em teoria, com ligeiro favoritismo em relação a galeses e irlandeses, mas a história recente do centenário troféu tem mostrado que apostar num vencedor é dar um tiro no escuro. Mais fácil será prever que a Itália e a Escócia estão fora da luta pelo triunfo na competição de râguebi de maior prestígio do hemisfério norte.

Se a lógica prevalecer, o sucessor do País de Gales não será o País de Gales. As últimas quatro edições do Torneio das Seis Nações tiveram quatro vencedores diferentes (Irlanda, França, Inglaterra e País de Gales) e os galeses, apesar da excelente prestação no Mundial 2011 e da convincente vitória na prova do ano passado, desiludiram nos test-matches de Novembro. O “XV” galês, que não será comandado pelo neozelandês Warren Gatland (Rob Howley assume as funções de seleccionador interino), foi derrotado em casa nos últimos quatro jogos realizados (Argentina, Samoa, Nova Zelândia e Austrália) e revelou fragilidades inesperadas.

Na partida inaugural do torneio, o País de Gales não terá disponível o talentoso médio-abertura Rhys Priestland, que sofreu em Dezembro uma grave lesão no tendão de Aquiles, e o encontro frente à combativa Irlanda servirá para tirar as dúvidas sobre o potencial de galeses e irlandeses. A Irlanda, que tem como principais armas a enorme consistência e regularidade, voltará a ser comandada pelo experiente Brian O’Driscoll e, se vencer em Cardiff, ficará em excelente posição para repetir a vitória de 2009 no Seis Nações. A selecção treinada por Declan Kidney tem a vantagem de, nesta edição da competição, defrontar a Inglaterra e a França em Dublin.

Sempre favoritos aos triunfos são os franceses, os últimos a conquistar a prova por duas vezes consecutivas (2006 e 2007). Especialistas em deslumbrar num dia e cair no ridículo no seguinte, “les bleus” mostraram competência nos test-matches de Novembro. Os gauleses impressionaram contra a Austrália (33-6) e Argentina (39-22) e mostraram personalidade na difícil batalha disputada no Stade de France, frente a Samoa (22-14). Philippe Saint-André, que trouxe tranquilidade ao “XV de France” após os tumultuosos tempos do polémico Marc Lièvremont, já pode contar com Thierry Dusautoir (o capitão de equipa e melhor jogador do Mundo em 2011 recuperou de lesão) e terá no renascido Frederic Michalak o estratega da equipa. Com alguma surpresa, Morgan Parra vai começar o torneio no banco: Maxime Machenaud, médio-formação do Racing-Metro 92, será titular no Estádio Olímpico de Roma.

Se a França falhar, a Inglaterra tem boas hipóteses de repetir o triunfo de 2011. Após um Mundial em que desapontaram, os ingleses iniciaram uma renovação na equipa, já a pensar no Mundial 2015 que vão organizar, e os resultados começam a surgir: a vitória no mês de Novembro no lendário Estádio de Twickenham, em Londres, frente à Nova Zelândia (38-21), colocou a concorrência em sentido.

Jogos da 1.ª jornada:

Sábado:

Cardiff, Millennium Stadium, 13h30

XV do País de Gales: 1 - Gethin Jenkins, 2 - Matthew Rees, 3 – Adam Jones, 4 - Andrew Coombs, 5 – Ian Evans, 6 – Aaron Shingler, 7 – Sam Warburton, 8 – Toby Faletau, 9 – Mike Phillips, 10 – Dan Biggar, 11 – George North, 12 – Jamie Roberts, 13 – Jonathan Davies, 14 – Alex Cuthbert, 15 – Leigh Halfpenny.

XV da Irlanda: 1 – Cian Healy, 2 – Rory Best, 3 – Mike Ross, 4 – Mike McCarthy, 5 – Donnacha Ryan, 6 – Peter O’Mahony, 7 – Sean O’Brien, 8 – Jamie Heaslip, 9 – Conor Murray, 10 – Jonathan Sexton; 11 – Simon Zebo, 12 – Gordon D’Arcy; 13 – Brian O’Driscoll; 14 – Craig Gilroy; 15 – Rob Kearney.

Londres, Twickenham, 16h00

XV de Inglaterra: 1 - Joe Marler, 2 – Tom Youngs, 3 – Dan Cole, 4 – Joe Launchbury, 5 – Geoff Parling, 6 – Tom Wood, 7 – Chris Robshaw, 8 – Ben Morgan, 9 – Ben Youngs, 10 – Owen Farrell, 11 – Mike Brown, 12 – Billy Twelvetrees, 13 – Brad Barritt, 14 – Chris Ashton, 15 – Alex Goode.

XV da Escócia: 1 – Ryan Grant, 2 – Dougie Hall, 3 – Euan Murray, 4 – Richie Gray, 5 – Jim Hamilton, 6 – Alasdair Strokosch, 7 – Kelly Brown, 8 – Johnnie Beattie, 9 – Greig Laidlaw, 10 – Ruaridh Jackson, 11 – Tim Visser, 12 – Matt Scott, 13 – Sean Lamont, 14 – Sean Maitland, 15 – Stuart Hogg.

Domingo:

Roma, Estádio Olímpico, 15h00

XV de Itália: 1 – Andrea Lo Cicero, 2 – Leonardo Ghiraldini, 3 – Martin Castrogiovanni, 4 – Quintin Geldenhuys, 5 – Francesco Minto, 6 – Alessandro Zanni, 7 – Simone Favaro, 8 – Sergio Parisse, 9 – Tobias Botes, 10 – Luciano Orquera, 11 – Luke McLean, 12 – Alberto Sgarbi, 13 – Tommaso Benvenuti, 14 – Giovanbattista Venditti, 15 – Andrea Masi.

XV da França: 1 – Yannick Forestier, 2 – Dimitri Szarzewski, 3 – Nicolas Mas, 4 – Pascal Pape, 5 – Yoann Maestri, 6 – Fulgence Ouedraogo, 7 – Thierry Dusautoir, 8 – Louis Picamoles, 9 – Maxime Machenaud, 10 – Frederic Michalak, 11 – Benjamin Fall, 12 – Maxime Mermoz, 13 – Florian Fritz, 14 – Wesley Fofana, 15 – Yoann Huget.
 

2. ª Jornada (9 e 10 de Fevereiro)
Escócia - Itália
França - País de Gales
Irlanda - Inglaterra

3.ª Jornada (23 e 24 de Fevereiro)
Itália - País de Gales
Inglaterra - França
Escócia - Irlanda

4.ª Jornada (9 e 10 de Março)
Escócia - País de Gales
Irlanda - França
Inglaterra - Itália

5.ª Jornada (16 de Março)
Itália - Irlanda
País de Gales - Inglaterra
França - Escócia
 

Sugerir correcção
Comentar