Gritou-se "mama sume!" no Parlamento

O voto de pesar pela morte do major-general Jaime Neves no Parlamento resultou num episódio ruidoso nas galerias.

Depois de o PS, PSD e CDS terem aprovado o voto de pesar, apesar dos votos contra do PCP, BE e Verdes, um grupo na assistência – alguns deles com boinas militares – levantou-se para verbalizar o grito dos comandos, unidade que Jaime Neves chefiava durante o período da revolução e consequente "Verão Quente".

O plenário foi surpreendido com o grito “mama sume!”, que deixou a mesa da Assembleia da República (AR) sem reacção.

A expressão foi adoptada pela unidade militar a partir do grito de uma tribo banto do Sul do continente africano na cerimónia que precedia a caça ao leão. Traduzida, significa: “Aqui estamos prontos para o sacrifício”.

Ao contrário de outros momentos, a presidente da AR não solicitou aos agentes da autoridade que evacuasse as galerias. Quem assiste às sessões do plenário não pode manifestar-se enquanto os trabalhos decorrem. E Assunção Esteves já deu no passado ordens para evacuar a assistência depois de algumas manifestações.

De qualquer maneira, os cidadãos em causa abandonaram as galerias logo após o incidente.
 
 

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